Entidade reforça a representatividade dos registradores mineiros no evento nacional
Mais do que um encontro de registradores, o Conarci 2025 se consolida como um espaço de reflexão sobre o papel social do Registro Civil e os caminhos que a atividade pode trilhar em um mundo cada vez mais tecnológico. Entre os dias 11 e 13 de setembro, Maceió (AL) recebeu a 31ª edição do Congresso Nacional de Registro Civil das Pessoas Naturais, promovido pela Arpen-Brasil com apoio da Arpen-AL. Minas Gerais esteve presente por meio do Recivil, representando seus oficiais de registro e reforçando a tradição mineira de protagonismo no setor.
Quem deu o tom inicial ao Conarci 2025 foi o Conarci Acadêmico, que em sua quarta edição assumiu as honras da abertura do congresso. Criado para dar visibilidade à pesquisa e à produção acadêmica dos registradores, o projeto reafirma a dimensão intelectual e social da atividade registral. A idealizadora Karine Boselli, vice-presidente da Arpen-Brasil, celebrou a trajetória da iniciativa ao lado do juiz Alberto Gentil de Almeida Pedroso e do presidente da Arpen-Brasil, Devanir Garcia. “O projeto é como um filho, com um processo construído desde o namoro, depois sua gestação e hoje estamos comemorando seu quarto aniversário. Então viva o Registro Civil e viva a produção acadêmica realizada pelos registradores”, destacou Boselli.
Os debates acadêmicos mostraram como o Registro Civil dialoga com temas atuais do Direito e da sociedade, evidenciando sua relevância além da função cartorial. Foram realizados três painéis temáticos, sendo o terceiro mediado por Letícia Franco Maculan Assumpção, diretora do Recivil, que abordou um tema estratégico: o Registro das Pessoas Naturais como fonte de dados estatísticos essenciais para a formulação de políticas públicas. O reconhecimento veio também na forma de premiação: Lenise Friedrich Faraj conquistou o primeiro lugar, seguida por Weider Silva Pinheiro e Frank Wendel Chossani.
A presença mineira não se restringiu aos painéis. Ao longo do congresso, foram lembradas figuras históricas ligadas à fundação da Arpen-Brasil, como Carlos José Ribeiro de Castro, primeiro presidente eleito em 1993, quando a entidade foi criada em Belo Horizonte. Essa memória reforçou a contribuição de Minas na construção nacional da representatividade da categoria.
Outro momento de destaque foi o lançamento da Arpen Mulher, iniciativa que homenageou cinco lideranças femininas, uma por cada região do país. Representando o Sudeste, Maria Cândida, que foi uma das lideranças responsáveis pela criação do Recivil e a primeira presidente da entidade, recebeu a honraria, sublinhando a importância da participação feminina na consolidação do Registro Civil como instrumento de cidadania.
Ao marcar presença no Conarci 2025, o Recivil reafirma seu compromisso de ser ponte entre as demandas locais e os debates nacionais. Mais do que representar os registradores mineiros, o sindicato fortalece sua atuação em prol da modernização, da valorização da atividade e da defesa de um serviço registral que se mantém cada vez mais próximo da sociedade.