Às três horas da manhã de 21 de fevereiro, a casa da manicure Carla Vidal das Graças Souza, de 29 anos, começou a ser invadida pelas águas da enchente em Santa Maria de Itabira. Ela acordou a família às pressas para sair de lá. Outras três mil pessoas ficaram desabrigadas e seis morreram. Na última semana, o filho dela e mais 223 pessoas adquiriram segundas vias das certidões de nascimento e casamento na ação realizada pelo Recivil, por meio do Projeto Cartórios de Registro Civil Promovendo Cidadania.
Durante três dias, a coordenadora de Projetos Sociais do Recivil, Leila Xavier, auxiliou o fornecimento dos documentos aos moradores de Santa Maria de Itabira, atingidos pela chuva. “A certidão de nascimento e casamento são imprescindíveis para a aquisição dos demais documentos, serviços públicos e benefícios da assistência social, como por exemplo, o auxílio aluguel necessário para muitas famílias cuja habitação foi afetada”.
Em Santa Maria de Itabira, casas desabaram, as ruas ficaram cobertas de lama, houve deslizamentos de terra e quedas de árvore. “Muita gente perdeu os documentos, bairros ainda estão em reconstrução e a Defesa Civil ainda estuda a possibilidade de várias famílias retornarem ao imóvel. Assim que o município saiu da onda roxa da Covid-19, solicitei o atendimento do Recivil para garantir documentos aos moradores”, disse a registradora do Cartório de Registro Civil e Tabelionato Ferreira, Kirley Cardoso Ferreira.
Um dos bairros mais afetados foi Nova Santa Maria, onde Carla morava. Na enchente, o filho de nove anos perdeu a certidão de nascimento. “Quando a água entrou na minha casa, não deu tempo para retirar nada, porque, além da força da água, teve deslizamento de terra. Sou grata pela ajuda na emissão do documento gratuito. É muito importante para quem perdeu tudo e não tem condições de pagar nada mais”, conta a manicure.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Recivil