Palestra sobre mediação destaca projeto piloto no Mato Grosso do Sul

                                           

                                                                  Roberto Bacellar apresentou aos congressistas projeto piloto no Mato Grosso do Sul

 

 

 

 

“A mediação dos conflitos na pessoa do tabelião e do registrador” foi o tema da palestra apresentada pelo vice-presidente da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) Roberto Portugal Bacellar, no último dia de debates do Congresso realizado em Belo Horizonte.

 

Roberto começou a apresentação falando sobre um projeto piloto já iniciado no Mato Grosso do Sul, em parceria com a Anoreg-BR e a Anoreg-MS, onde os notários foram capacitados para realizarem as mediações.

 

Segundo Paulo Pedra, presidente da Anoreg MS, o Estado se sente privilegiado em realizar de forma pioneira este projeto de mediação. “A Anoreg-MS incentivou os notários a participarem dos treinamentos, e eles estão aguardando a autorização da Corregedoria para iniciar o trabalho junto à população”, explicou.

 

O vice-presidente da AMB citou alguns pontos do projeto piloto, no qual uma das ferramentas é ouvir. “O tabelião tem que ouvir as partes. A gente costuma no dia-a-dia não ouvir as pessoas”, disse, citando logo em seguida alguns casos do nosso cotidiano familiar em que não ouvimos as pessoas.

 

Um ponto apresentado pelo palestrante como forma de mediar os conflitos existentes no dia-a-dia da sociedade pelos cartórios foi a “qualidade no relacionamento”, também classificada por ele como “empatia”. Segundo Roberto, a figura do juiz, do tabelião e do registrador é a de um líder. “Eles têm a possibilidade de alcançar a credibilidade das pessoas”, falou.

 

Outra questão discutida pelo palestrante foi a possibilidade que os tabeliães e registradores têm em promover o contágio emocional com as pessoas. “Temos condições de acalmar uma pessoa, por exemplo, para que ela manifeste sua vontade”, explicou.

 

Segundo Roberto Bacellar, nos próximos meses esse projeto já deve estar nas ruas. E finalizou: “Ë de fundamental importância que os oficiais de registro civil e notas participem dos verdadeiros conflitos sociais”.