POSSE – Eduardo Grion e Electra Benevides passaram a integrar a lista de magistrados da 2ª instância
Tomaram posse ontem, no salão do I Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, os desembargadores Electra Maria Benevides e Eduardo César Fortuna Grion. Os magistrados foram promovidos a desembargadores no dia 13 de agosto, na sessão da Corte Superior do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
Em seu discurso, ao empossar os dois últimos desembargadores de seu mandato, o presidente do TJMG citou o escritor italiano Cesare Cantù, quando disse que “um excelente modo de fazer o bem, é a firme decisão de combater o mal”. Para o presidente, o pensamento é perfeito para conceituar a atividade do magistrado. “Combater o mal por meio das decisões judiciais, essa é a nossa missão”, concluiu.
Para Orlando Adão, “ser juiz é um exercício de sabedoria. Para julgar as ações do outro, precisamos conhecer a fragilidade humana.” Ele lembrou ainda, referindo-se aos novos desembargadores, que os magistrados cumpriram uma etapa em sua carreira, e que começam outra a partir de agora, cheios de entusiasmo e esperança, pautados no profissionalismo e dedicação que marcaram toda sua trajetória.
Promoção representa o ápice da carreira
As palavras do presidente ecoam o sentimento por que passam os magistrados que chegam a esse estágio da carreira. O desembargador Eduardo Grion falou de sua expectativa em “honrar a confiança depositada pela Corte, promovendo-o a desembargador”. Lembrou também que o julgador tem a tarefa de pacificar a sociedade por meio de suas decisões, e espera contar com ajuda de Deus para cumprir a sua.
Já o sorriso constante da desembargadora Electra Maria Benevides, antes da solenidade de posse, simbolizava a satisfação por alcançar “o ápice da carreira trilhada por um magistrado”. Para ela, ser promovida para a 2ª Instância “é o coroamento de um sonho”. Cercada dos colegas que a cumprimentavam antes da solenidade, comentou sobre a alegria e o companheirismo com que estava sendo recebida.
Para a desembargadora, por ser o Tribunal uma jurisdição composta, o elo de companheirismo e amizade é importante, pois reforça a confiança de que as decisões sejam tomadas com respeito e independência. “É isso que garante a harmonia de uma decisão colegiada, mesmo com as diferenças intelectuais e culturais dos magistrados”, comentou a desembargadora, completando que o objetivo de um magistrado deve ser sempre o de buscar o que sabem ser inatingível, ” a justiça perfeita”.
Carreiras
Electra Benevides nasceu em Almenara/MG. Formou-se em Direito, em 1983, pela Universidade Católica de Minas Gerais. Tem especialização em Direito Penal e doutorado na área de Ciências Penais pela Universidade Federal de Minas Gerais. Pela Faculdade Tradicional de Lisboa, tem mestrado em Ciências Jurídico-Criminais.
Ingressou no Ministério Público de Minas Gerais, em 1984, exercendo o cargo de promotora de Justiça nas comarcas de Jacinto, Araçuaí, Curvelo e outras. Em 1988, ingressou na Magistratura Mineira, exercendo o cargo nas comarcas de Varginha, Pirapora e Patos de Minas. Em 1995 veio para a Capital, quando assumiu o cargo de juíza sumariante do II Tribunal do Júri, onde ficou por 12 anos.
Eduardo Grion nasceu em Niterói/RJ. Formou-se em Direito, em 1977, pela Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Especializou-se em Direito Civil pela Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense, e em Direito Público pela Coordenação de pós-graduação da Universidade do Vale do Rio Doce.
Atuou nas comarcas mineiras de Sete Lagoas, Grão Mogol, Ituiutaba, Campina Verde e Governador Valadares. Veio para a Capital em 1996, e, em 1997, atuou como diretor do Juizado Especial Criminal. Em 1999 assumiu a titularidade da 10ª Vara Criminal, onde ficou por quase 10 anos.
Fonte: TJMG