Ética e Responsabilidade Civil são destaques no III Congresso Estadual do Recivil

O III Congresso Estadual dos Registradores Civis de Minas Gerais fechou seu primeiro dia de palestras com a apresentação ilustre da desembargadora do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), Dra. Vanessa Hudson Verdolim.

 

 

Desembargadora do TJ-MG, Dra. Vanessa Hudson Verdolim, falou sobre ética e responsabilidade civil

 

 

A desembargadora proferiu aos congressistas a palestra “Ética e Responsabilidade Civil”. O tema foi exposto com maestria e desenvoltura. Apesar do cansaço dos participantes e mesmo sendo a última palestra do dia, a desembargadora prendeu a atenção dos oficiais.

 

Vanessa Verdolim abriu a palestra fazendo uma diferenciação sobre Ética e Moral. De acordo com a desembargadora, a ética é a normatização da moral através do direito. “Ética é o que guia a nossa conduta. È muito importante, principalmente para aqueles que detêm o poder de modificar as leis. Vocês registradores trabalham com leis e a ética é essencial no trabalho do dia a dia”, comentou.

 

Vanessa Verdolim chamou a atenção dos Oficiais para o que ela entende ser um trabalho prestado com ética. “Trabalhar com ética é trabalhar com rapidez, qualidade e eficiência, sempre buscando o que é justo, o que é bom. É atender o cidadão com presteza e educação. É trabalhar gostando do que faz, isso é o essencial”, explicou.

 

A desembargadora questionou ainda como seria possível prestar um serviço com estas qualidades se, em Minas Gerais, muitas serventias não tem sequer condições de se informatizar e modernizar. “No mundo de hoje, como se pode ter rapidez e eficiência sem a informatização? E aproveito aqui para parabenizar o Dr. Paulo Risso pela busca incansável na modernização das serventias”, completou a desembargadora.

 

Trabalhar com ética é trabalhar com rapidez, qualidade e eficiência, sempre buscando o que é justo, o que é bom”.

 

A palestrante explicou aos oficiais que a moral e a ética estão relacionadas à consciência de cada um. A ética seria o agir conforme a moral. No entanto, o trabalho do registrador civil traz imputado em si à questão da responsabilidade social. De acordo com Verdolim, o registrador está sujeito a sansões caso não atenda as normas legais que regem a profissão.

 

“Vocês possuem fé pública. Nem os magistrados têm fé pública na descrição da profissão. Vocês têm noção da importância disso? É muito sério”, declarou a desembargadora se referindo aos oficiais. Para encerrar a palestra, a palestrante aproveitou a oportunidade para explicar as penalidades a que estão sujeitos os registradores.