O governador Aécio Neves recebeu, nesta terça-feira (3), no Palácio da Liberdade, prefeitos de mais 35 municípios para assinatura do termo de adesão ao programa Travessia, do Governo de Minas, atendendo uma população de 300,2 mil pessoas. O objetivo do programa é acelerar o desenvolvimento social e o crescimento econômico destes municípios, localizados nos vales do Mucuri, Jequitinhonha, Rio Doce e no Norte de Minas e que apresentam os mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado.
Neste ano, serão investidos R$ 184 milhões para atender as 35 novas cidades. O Travessia consiste em atender as demandas prioritárias definidas em parceria entre os municípios e o Estado, articulando ações conjuntas das secretarias de Estado nas áreas de saúde, educação, saneamento básico, geração de renda e obras de infraestrutura. As ações, executadas simultaneamente, são coordenadas pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese).
O governador afirmou que o programa tem o caráter inovador de executar ações articuladas e simultâneas com o objetivo único de melhorar a qualidade de vida das pessoas e mudar a realidade social dos municípios de baixo IDH.
“Essa é a mais completa ação coordenada de qualquer governo já feita em qualquer tempo. Serão cerca de 600 ações desenvolvidas nesses municípios. Ações na área de geração de renda, saúde, saneamento, educação, infraestrutura, gestão social, enfim, um conjunto de ações que não ocorrem mais de forma distantes umas das outras e em tempos também distintos. Elas ocorrem simultaneamente, demonstrando uma extraordinária capacidade que o Estado adquiriu, em parceria com os municípios de, rapidamente, transformar a realidade social de cada um deles”, afirmou Aécio Neves, em seu pronunciamento.
Entre as ações prioritárias do Travessia estão o acesso à água potável para as comunidades rurais, construção de postos de saúde, reformas e ampliação de escolas, construção de banheiros em casas que nunca contaram com esse conforto, implantação de redes de esgoto, pavimentação das estradas de acesso às comunidades e calçamento de ruas.
Mutirão
Para o governador, Minas está deixando para trás o tempo em que as ações de governo eram realizadas de forma setorizada e isolada. Segundo ele, a execução de ações coordenadas nos municípios mais pobres é o meio mais eficaz de atender necessidades básicas das pessoas, contribuindo para a redução das diferenças sociais e regionais.
“O que estamos sentindo é que aquele tempo das ações estanques, individualizadas, de cada área de governo, em Minas, está acabando. Portanto, estarão lá, juntos, representantes da habitação, da saúde, da educação, da segurança pública, da Secretaria de Obras, da infraestrutura, do planejamento, na qualificação dos gestores municipais, para que no prazo de um ano, esse é o desafio, quando essas ações estiverem concluídas, esses municípios terão outra realidade para atrair novos investimentos e para garantir um futuro melhor para aqueles que lá vivem”, disse Aécio Neves.
Saúde e educação
O Travessia também investe no acompanhamento de gestantes, no combate à desnutrição e à mortalidade infantil. Alunos das escolas públicas têm a chance de participar do programa Escola de Tempo Integral, que oferece reforço escolar e atividades de cultura, esporte e lazer em horários alternativos às aulas regulares.
Outra importante ação do Travessia é a capacitação profissional dos moradores. Em muitas cidades, os homens são qualificados para trabalhar nas obras que o próprio programa executa, como o calçamento de ruas.
“Seria, se eu pudesse aqui ilustrar, um grande mutirão. Seria um Estado com todos os seus braços chegando a um município em parceria com aquele município, nas prioridades que foram estabelecidas naquele município para, em um ano, fazer um conjunto de ações que transformará radicalmente a realidade desses municípios. Daí, esses municípios passam a ser referência, uma grande vitrine para que possamos, alargando esta ação, atendermos a um número ainda maior no ano que vem”, afirmou o governador.
Sem cortes
Segundo Aécio Neves, estão garantidos investimentos que somam R$ 184 milhões nos 35 municípios atendidos este ano pelo programa. Ele afirmou que a destinação de recursos para obras que atendem às necessidades reais das pessoas é resultado da gestão pública eficiente e transparente.
“É uma alegria podermos ver não apenas os recursos sendo aplicados, mas a qualidade da aplicação dos recursos. O grande desafio da nossa geração não é apenas garantir investimentos e apontarmos amanhã indicadores que mostram a proporção do aumento dos investimentos como comumente se faz. O grande desafio é mostrarmos a qualidade com que esses investimentos foram feitos. Os resultados que advém da boa aplicação desses recursos”, disse ele.
Além dos prefeitos dos 35 municípios atendidos, estiveram presentes à solenidade o vice-governador Antonio Anastasia, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Alberto Pinto Coelho, e os secretários de Estado de Desenvolvimento Social, Agostinho Patrus, de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, de Agricultura, Gilman Viana, de Educação, Vanessa Guimarães, de Desenvolvimento Regional e Políticas Urbanas, Dilzon Melo, de Governo, Danilo de Castro, e de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas, Elbe Brandão.
Confiança
O Travessia foi lançado em 2008 e, em seu primeiro ano de atividade, atendeu cinco cidades: Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Setubinha e Franciscópolis, no Vale do Mucuri, Jampruca e Governador Valadares, no Vale do Rio Doce.
Para o prefeito de Franciscópolis, Nilton dos Santos Coimbra, presente no lançamento da segunda etapa, o Travessia mais do que promover a melhoria habitacional, garantir saneamento e outras conquistas, está devolvendo confiança às pessoas.
“A gente simples da nossa cidade está muito mais confiante, porque eles estão vendo que tudo que foi estabelecido está sendo cumprido. O programa tem a capacidade de mobilizar as pessoas e isto é muito bom. Em Franciscópolis, o Travessia está praticamente mudando um bairro de lugar. Estamos transferindo as 100 famílias que viviam no Campo Velho, uma área de risco, para um lugar seguro, longe das enchentes nos períodos de chuva”, contou Nilton Coimbra.
Fonte: Sedese