Clipping – Bando preso ao tentar esquentar documentos falsos em cartório – Jornal O Liberal

Uma tentativa de golpe a partir da falsificação de documentos, ontem à tarde, para obter empréstimo financeiro na praça de Belém terminou sendo muito amarga para Brasiliano Peixoto Rodrigues, Gualdino Hage de Oliveira Júnior, 39 anos, e George Costa Valentim, 23 anos, que acabaram sendo descobertos e conduzidos por policiais militares à Seccional Urbana de São Brás.

Na seccional, os três acusados foram autuados: Brasiliano Rodrigues por crime de falsidade ideológica, com base no artigo 299 do Código Penal Brasileiro, George Valentim e Gualdino Hage, por formação de quadrilha (artigo 288) e concurso de pessoa (artigo 29), como informou o delegado Evandro Martins, que presidiu a abertura do inquérito policial.

A prisão do trio de acusados, que estavam acompanhados de uma mulher, a qual conseguiu fugir, foi efetuada por uma guarnição da 2ª Zona de Policiamento (2ª ZPol), coordenada pelo cabo Joel.

O delegado Evandro Martins informou que os três acusados e mais a mulher que escapou dirigiram-se ontem a um cartório no centro de Belém. "O Brasiliano, se passando por Reginaldo Araújo, por meio de uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH), junto com o Gualdino Hage, George Valentim e mais Ana Cristina Rodrigues e Silva Hage foram hoje (ontem) à tarde ao Cartório Queiróz Santos, na avenida Magalhães Barata, perto do Museu Paraense Emílio Goeldi, para confeccionar uma procuração pública em que Reginaldo Araújo (nome falso) passaria poderes para Ana Cristina, a fim de que ela, junto à Caixa Econômica Federal, fizesse empréstimos e também pudesse hipotecar, comprar e vender imóveis, sendo que ela daria como garantia um imóvel no Conjunto Júlia Sefer, casa 24, em Ananindeua, para levantar dinheiro", afirmou o delegado Evandro.

Mas, com o que os quatro não contavam é que um atendente do cartório acabasse desconfiando da CNH de Reginaldo Araújo, e passasse a checar esse nome, CPF e numeral da Carteira de Habilitação, verificando que tudo era falso. Como informou o delegado Evandro Martins, Ana Cristina percebeu a demora do funcionário do estabelecimento, e saiu, sorrateiramente, do cartório. Gualdino, Brasiliano e George (que atuava como motorista do grupo) permaneceram no local, e acabaram sendo presos por policiais militares acionados pelos funcionários do cartório. Gualdino é marido de Ana Cristina, e nenhum dos acusados quis falar com a Imprensa na Seccional de São Brás.

 

 

Fonte: Jornal O Liberal-PA