Levantamento da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Rio de Janeiro (Arpen-Rio), responsável por realizar os óbitos de Niterói e do Morro do Bumba, aponta que até o fim do mês de abril, 105 registros foram realizados no posto da Justiça Itinerante e nos cartórios da região. Dentre estes, balanço aponta que os homens são maioria entre as vítimas da tragédia: 56 homens e 49 mulheres.
No posto da Justiça Itinerante, instalado no Morro do Bumba, foram registrados óbitos de 51 pessoas: 30 homens e 21 mulheres. Desses registros, 17 são menores de 18 anos, sendo dez do sexo masculino e sete do feminino.
Já contagem realizada na sede do Cartório da 2ª Zona Judiciária de Niteroí apontou 16 falecimentos na localidade Morro do Bumba: 10 homens e seis mulheres. Os registros no cartório de Niterói somam ainda 38 soterramentos em outras localidades da região do tabelionato – 16 homens e 22 mulheres, sendo 15 menores, três do sexo masculino e 12 do sexo feminino.
Desde o dia 8 de abril, a Arpen-Rio, em parceria com sua entidade nacional – a Arpen-Brasil, montou postos dos cartórios de Registro Civil para realizar o registro de óbito das vítimas da tragédia do Rio de Janeiro. Os familiares puderam recorrer ao posto montado no Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro ou ao ônibus da Justiça Itinerante, que estava de plantão no Morro do Bumba, em Niterói.
De acordo com o presidente da Arpen-Rio, Cláudio Almeida, os cartórios, a Defensoria Pública e o Tribunal de Justiça trabalharam em conjunto para minimizar ao máximo os empecilhos para estes registros de óbito. “Quando ocorreram os deslizamentos em Angra dos Reis <http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2010/01/02/ult5772u6812.jhtm> , as famílias enfrentaram uma série de dificuldades em função do recesso forense. Dessa vez, já estávamos mais bem preparados e resolvemos nos unir para ajudá-las”, esclarece.
Apesar dos esforços para minimizar os efeitos da tragédia, a Arpen esclarece que esses números não expressam com exatidão os óbitos ocorridos em virtude dos soterramentos, uma vez que muitos ainda estão desaparecidos.
Fonte: Arpen RJ