Formiga (MG) – A penitenciária da cidade de Formiga, no sudeste mineiro, recebeu a equipe de Projetos Sociais do Recivil, na quarta-feira (01/10), para o mutirão de documentação dos detentos da unidade.
A unidade foi inaugurada em 2007, após dois anos de embargo da obra, devido a uma ação judicial que a população moveu contra a construção da penitenciária no perímetro urbano.
Presos são atendidos dentro do pavilhão da Penitenciária de Formiga
Desde a inauguração, o diretor geral, Coronel Murilo Foschete, buscou mostrar para os moradores da região que a penitenciária era segura e que os detentos teriam um tratamento humanizado para o cumprimento da pena. “No dia da inauguração abri os portões para que a população conhecesse as dependências da unidade e soubesse que ela era segura. Nossa missão é reeducar, ressocializar e reinserir. Desse modo, a desconfiança inicial foi substituída por sete anos de paz”, declarou ele.
De acordo com o Coronel Foschete, a penitenciária não pode ser sinônimo de sofrimento, mas sim, local onde a pessoa irá pagar por sua conduta inadequada. Ainda segundo o diretor, os diretos dos detentos são plenamente respeitados e em função desse tratamento eles têm sentido necessidade de mudança em suas vidas. “Para que exista mudança acredito em dois passos, a educação e uma atividade profissional”, pontuou.
Diretor geral Coronel Murilo Foschete
Nesse sentido, a penitenciária conta com uma escola regular de ensino fundamental e médio, uma vez que muitos detentos chegam analfabetos à unidade. Também são disponibilizados cursos de jardinagem, pintura, mecânica, secretariado, auxiliar administrativo, pedreiro, entre outros. Atualmente também funciona uma fábrica de costura dentro da unidade.
A documentação também é uma preocupação. O diretor informou que quando o preso dá entrada na unidade o serviço social faz o levantamento de quais documentos ele possui. “Muitos descartam o documento no momento da prisão, mas temos contado com a cooperação da oficiala Moisa Zilda Antunes Moniz Carvalho, do cartório de registro civil de Formiga, e também dos oficiais de outras cidades. Nossa demanda é muito grande, então o projeto de documentação vem para somar”, ressaltou o diretor.
A unidade, na ocasião do mutirão, tinha uma população carcerária de mais de setecentos presos e foram emitidos 144 pedidos de certidões.
Os detentos são orientados sobre os prazos para a chegada das certidões