“Queremos viver nossa história e ter acesso a todos os direitos civis, pois somos cidadãs que pagam seus impostos”. O desabafo de Sheila Gomes representa o sentimento dos 84 casais homoafetivos que compareceram ao Fórum Central nesta sexta-feira, dia 23 de outubro, para participarem das audiências de conversão da união estável em casamento.
O evento faz parte do projeto Casamento Comunitário, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, coordenado pela juíza Raquel de Oliveira. “O que queremos é dar ênfase à discriminação zero. Mostrar que o Estado não discrimina. Queremos facilitar a vida das pessoas para que elas exerçam plenamente a cidadania, para que possam ter acesso a todos os direitos disponibilizados pelo Estado”, disse a magistrada.
A busca pelos direitos do casamento e o combate ao preconceito motivaram o casal Luiz Moretti e James Shttuck a converterem a união de 16 anos em casamento. “É importante regularizar para termos estabilidade e acesso mais fácil aos nossos direitos. Eventos como esse são importantes porque disseminam informações. Quanto mais educado e informado for um povo, mais tolerante e menos preconceituoso será”, acredita Luiz Moretti.
O evento foi realizado em parceria com a Superintendência de Direitos Individuais Coletivos e Difusos da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos. Também participaram, como voluntários, os juízes André Souza Brito, Daniela Brandão, Mônica Ribeiro Teixeira, Paula Feteira Soares, Ana Beatriz Estrella, Cláudia Motta, Rafaela de Freitas e Ana Célia Montemor.
De acordo com informações da Secretaria de Direitos Humanos, a cerimônia do casamento comunitário será realizada no dia 6 de dezembro, às 14h, no Tijuca Tênis Clube.
Fonte: TJRJ