Especialistas em segurança de informações virtuais são unânimes em afirmar que, a julgar pelas mais recentes iniciativas de bancos, autarquias e associações, serão expedidos mais de 6 milhões de certificados digitais (CDs) a usuários no Brasil durante esse ano, todos seguindo o padrão da ICP-Brasil. Essa expectativa vai garantir à indústria de soluções tecnológicas a economia de escala necessária para baratear hardwares e software, tornando ainda mais acessível essa ferramenta a todos os internautas brasileiros.
A Certificação Digital – e seus derivados como a Assinatura Eletrônica do Internauta, o e-CPF e o e-CNPJ – é uma ferramenta tecnológica que triplica os níveis de segurança de informações virtuais e viabiliza o crescimento do e-commerce e do Home Banking no País. O diretor de Tecnologia da Febraban, Carlos Eduardo Correa da Fonseca, diz que a FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos) envolveu-se em campanhas de massificação do uso da CD desde 2004, justamente por julgá-la o meio mais eficaz para diminuir a incidência de fraudes eletrônicas que atrapalham o crescimento de comércio, transferências de pagamentos e documentos pela Internet. “O padrão ICP-Brasil presente nas certificações é o ponto mais alto da segurança em Internet, pois identifica quem emitiu a mensagem, assim a CD é suficiente para dar validade jurídica a qualquer documento transacionado no mundo virtual”, completa.
A Febraban e outras instituições, como o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI) e autarquias, perseguem esse objetivo desde janeiro de 2005 quando da assinatura do protocolo que criou o padrão nacional. Para Maurício Coelho, diretor de Infra-estrutura de Chaves Públicas do ITI – Instituto de Tecnologia da Informação – a massificação do uso de certificação digital no País é irreversível. Ele projeta que, nos próximos três anos, serão emitidos cinco milhões de certificados apenas no programa Conectividade Social, operado pela Caixa. “Para pessoas jurídicas, a massificação está bem encaminhada e o maior desafio agora está em relação aos cidadãos, para os quais devemos oferecer benefícios atraentes, como em Previdência e Assistência Social”, observa Coelho. Ele cita como um exemplo de levar a iniciativa para o consumidor final, o projeto piloto do INSS do Rio de Janeiro, onde foram expedidos cinco mil certificados ICP-Brasil para uso interno. A intenção é estender o projeto para as demais unidades do País e seus beneficiários.
Fonte : CQCS – RJ