Os cartórios de Juiz de Fora, na zona da mata de Minas Gerais, registraram 3.428 mortes até o final do mês de junho de 2021. O número é o maior da história em um semestre, está 45,8% acima da média histórica de óbitos na cidade. E 54,28% maior que os ocorridos no ano passado, segundo dados estatísticos dos cartórios de Registro Civil das Pessoas Naturais no estado.
Em entrevista para a TV Alterosa Zona da Mata, o presidente do Recivil, Genilson Gomes, informou que o fenômeno já era o esperado de se acontecer com o grande crescimento do número de óbitos. “O crescimento vegetativo de Juiz de Fora, que era na faixa de 1.042 nascimentos a mais do que óbitos, está reduzindo. Foi negativo, chegando à faixa de 451 óbitos a mais do que nascimentos no último mês”, informou, com base nos números registrados em levantamento do sindicato.
Genilson Gomes explicou que o número de óbitos em virtude da pandemia aumentado bastante no primeiro semestre. “Em Minas Gerais, a média de óbitos mensal era na faixa de 11 a 12 mil mortes. E nascimentos, na faixa de 18 e 19 mil. Hoje, nos últimos meses, tem chegado a média de 20 e 21 mil óbitos mensais, certamente, Juiz de Fora segue a mesma tendência, como ocorreu principalmente nos meses de abril. Maio e junho e nascimento tem diminuído ou mantido o número anterior”, apontou.
Mais casamentos
Por outro lado, o cenário pode estar se normalizando. O número de matrimônios em 2021 mostra recuperação em relação às celebrações do ano passado em Juiz de Fora. Até junho deste ano, os cartórios celebraram 978 casamentos civis, uma taxa 54% maior do que em 2020, quando caiu para 663 casamentos registrados no município. Mas, ainda, são números menos aos anteriores à pandemia, quando em 2019 foi de 1.214.
“O impacto da vacinação contra a Covid-19 foi fundamental para a redução no número de óbitos. Notamos que à medida que a população foi sendo vacinada, quando começou com as faixas etárias de 90, 80 e 70 anos, houve queda de óbito nestas idades. Como a vacinação avançou bastante, já estamos na faixa dos 30 a 40 anos nos grandes centros, os óbitos tem caído muito, algumas cidades de Minas Gerais tem quase voltado à normalidade. Estamos associando essa diminuição diretamente à vacinação”, explicou o presidente do Recivil, Genilson Gomes.
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Fonte: Assessoria de Comunicação do Recivil