Clipping – Sobe número de divórcios e de casamentos no Brasil – Jornal Hoje em Dia

RIO – O número de divórcios cresceu 7,7% de 2005 para 2006, passando de 150.714 para 162.244 em todo o país, segundo informou ontem o IBGE (Instituto de Geografia e Estatística). Os dados fazem parte das Estatísticas do Registro Civil, com informações levantadas nos cartórios de todo o país em 2006.
De acordo com os dados, o comportamento dos divórcios mostrou tendência de crescimento em todas as regiões, sendo de 16,6% para o Norte, 5,3% para o Nordeste, 6,5% para o Sudeste, 10,4% para o Sul e 9,3% no Centro-Oeste.

Já o número de separações judiciais concedidas foi 1,4% maior do que em 2005, somando um total de 101.820. Neste período, a análise por regiões mostra distribuição diferenciada com a mesma tendência de crescimento: Norte (14%), o Nordeste (5,1%), o Sul (2,6%) e o Centro-Oeste (9,9%). Somente no Sudeste houve decréscimo de 1,3%.

A diferença de crescimento entre divórcios e separações, segundo o IBGE, «revela uma gradual mudança de comportamento na sociedade brasileira, que passou a aceitar o divórcio com maior naturalidade, além da agilidade na exigência legal, que para iniciar o processo exige pelo menos um ano de separação judicial ou dois anos de separação de fato».

De 1996 a 2006, a pesquisa mostrou que a separação judicial manteve o patamar mais freqüente e o divórcio atingiu a maior taxa dos últimos dez anos. Em 2006, os divórcios diretos foram 70,1% do total concedido no país. Os divórcios indiretos representaram 29,9% do total.

20% dos partos em adolescentes

RIO
– O índice de partos em mães adolescentes no Brasil representou 20,5% do total de nascimentos no país em 2006. O número teve uma ligeira queda em relação ao ano anterior (20,7%). A realidade entre as regiões brasileiras é desigual, e o percentual de partos em mulheres com menos de 20 anos chega a quase dobrar entre as diferentes unidades federativas.

Enquanto no Maranhão o índice de partos em adolescentes foi de 27,6%, no Distrito Federal foi de 15,3%. Os dados fazem parte das Estatísticas do Registro Civil divulgadas pelo IBGE.

Nos últimos dez anos, segundo o levantamento, o índice de partos em adolescentes caiu em três regiões – Sudeste, Sul e Centro-Oeste -, e aumentou em duas – Norte e Nordeste. No país, o número permanece praticamente estável desde 2002, quando o índice foi de 19,9%. Em 2006, os percentuais dos estados do Sul e do Sudeste ficaram abaixo da média brasileira e dos demais, acima.

No geral, a pesquisa mostra declínio de registros de nascimento. Em 2006 foram registrados 2.799.128 milhões de nascimentos em todo o país, cerca de 75 mil a menos do que no ano anterior (2.874.753 milhões), ou seja, uma queda de 2,6%.

Só na região Norte houve aumento do número de registros (254,5 mil), 417 a mais do que em 2005 (254,1 mil), sendo que se concentraram no estados do Amapá (11,4%), Roraima (8,2%), Pará (1,4%) e Tocantins (0,3%).

Jovem lidera morte violenta

RIO – O levantamento do IBGE mostra que a morte de homens entre 15 e 24 anos por causas violentas (como homicídios e acidentes) respondeu por 67,9% do total de mortes nesta faixa etária em 2006, quase a mesma proporção que no ano anterior, quando 68,2% das mortes foram descritas como não naturais.
Ainda na faixa etária de 15 a 24 anos, mas considerando o número de mortes por 100 mil habitantes, a incidência mais elevada de mortes masculinas por Estado continua no Rio de Janeiro, com 216 óbitos por 100 mil habitantes, com pequena queda em relação ao observado para 2005 (229,6).

São Paulo está na 13ª posição, com 125,1 mortes violentas por 100 mil habitantes. O Piauí é o Estado menos violento, com 48,7 mortos por 100 mil.

Fora da faixa de 15 a 24 anos, a taxa de morte violenta cai. No geral, a proporção de óbitos masculinos relacionados a causas violentas ficou em 15,2% em 2006. Os estados da Região Norte apresentam as mais elevadas proporções, como Rondônia (31,9%), Amapá (22%), Roraima (19,4%) e Pará (19,2%).
Entre as mulheres, cerca de 4% morreram por causa violenta. Entretanto, na região Norte os óbitos femininos por causas violentas chegou a 6,3% em 2006.

Casal quer legalizar união

O operador de produção Marcos Oliveira, 22 anos, e a dona de casa Poliane Souza, 18 anos, vivem juntos há dois anos, mas pretendem oficializar a relação, «como manda o figurino», nas próximas semanas. A decisão de morar junto veio com a notícia da gravidez de Poliane, que há um ano e meio deu à luz a pequena Maria Eduarda.

Ela revela que a idéia do casamento com vestido de noiva e decoração na igreja vem sendo acalentada desde o início da relação. «É o sonho de toda mulher e comigo não é diferente. Sempre sonhei em subir num altar e dizer `sim’ para o homem que amo», disse. Mesmo com o parco orçamento familiar, da ordem de R$ 700 mensais, eles estão decididos a levar a idéia adiante.

«Acredito que quando estivermos casados legalmente poderemos ficar mais tranqüilos em relação ao futuro de nossos filhos. Poderemos, por exemplo, representar um ao outro legalmente em caso de necessidade», diz Marcos.

País registra 889 mil casamentos

As Estatísticas do Registro Civil do IBGE apontam que ano passado foram realizados 889.828 casamentos no Brasil, 6,5% a mais do que em 2005 (835.846). Segundo o instituto, o aumento no número de casamentos registrados segue uma tendência observada desde 2002 e resulta, em parte, da legalização de uniões consensuais.

Entre as mulheres, a maior taxa de casamentos ocorreu no grupo etário de 20 a 24 anos (30%). Já os homens tiveram taxa mais elevada na faixa de 25 a 29 anos (35,8%). As taxas das mulheres são maiores apenas nos dois grupos etários mais jovens (15 a 19 anos e 20 a 24 anos). Nos demais, as taxas observadas para homens são, sistematicamente, maiores.

O IBGE também calculou a idade média dos homens e das mulheres à época do casamento. Em 2006, a idade para os homens no primeiro casamento foi de 28,3 anos e, para as mulheres, 25,4 anos. Quando o cálculo considerou todos os casamentos, a média de idade dos homens elevou-se para 30,6 anos e a das mulheres, para 27,2 anos. Entre as pessoas de 60 anos ou mais, a diferença por sexo se acentua: fica em 3,4% para os homens e em 0,9% para as mulheres.

O mês com mais casamentos registrados foi dezembro, por conta do aumento da massa salarial, sobretudo com o 13º salário, explica o IBGE.

As maiores taxas para indivíduos do sexo masculino foram observadas entre os residentes do Acre, Amapá e Alagoas com, respectivamente, 9,4%, 6% e 5,9%. Para as mulheres de 60 anos ou mais, as taxas de nupcialidade mais elevadas ocorreram no Acre (2,7%), em Tocantins (1,8%) e no Maranhão (1,8%).

As estatísticas mostram a proporção de casamentos entre indivíduos divorciados com cônjuges solteiros tem crescido. Os percentuais mais elevados foram observados entre homens divorciados que casaram com mulheres solteiras, passando de 4,2%, em 1996, para 6,5% em 2006. Já o casamento entre divorciados foi de 2,2% em 2006.

 

 

Fonte: Jornal Hoje em Dia