Brasília. Preocupado com possíveis repercussões negativas, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), comandou ontem, pessoalmente, o adiamento da votação da PEC dos Cartórios.
Uma reunião realizada no início da noite de ontem com os líderes partidários decidiu por não votar a PEC no plenário.
Temer atuou em conjunto com os governistas pelo adiamento. Nos bastidores, Temer diz que a PEC, mesmo que aprovada no Congresso, será invalidada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O próprio presidente do STF, Gilmar Mendes, disse que a proposta é inconstitucional e classificou-a como “gambiarra jurídica”.
“O Congresso não pode pagar esse desgaste”, afirmou o deputado José Genoino (PT-SP). “O texto é um disparate”, diz o líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado. “Essa PEC é um escândalo”, disparou Arnaldo Madeira (PSDB-SP). “Do jeito que está, essa PEC é um trem da alegria”, disse o deputado Silvio Costa (PTB-PE). Uma reunião marcada para a próxima terça-feira irá decidir sobre uma nova inclusão da PEC na pauta da Casa.
Fonte: Jornal O Tempo