CNJ realiza curso de formação de instrutores da oficina de parentalidade

Na última semana, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) realizou curso voltado para os profissionais que atuam na área do Direito de Família sobre a difícil fase da reorganização familiar após o divórcio. O II Curso de Formação de Instrutores em Oficinas de Divórcio e Parentalidade contou com mais de 80 participantes. O programa foi desenvolvido pelo Conselho, sob a organização da juíza Vanessa Aufiero da Rocha, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. A oficina de parentalidade já foi instalada nos estados de São Paulo, Bahia, Goiás, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

 

De acordo com a juíza, o projeto tem o intuito de sensibilizar os profissionais que atuam na área do Direito de Família sobre essa nova ferramenta que visa harmonizar a estabilizar as relações familiares, sobretudo nessa fase de transição familiar.  A oficina dura uma única sessão de quatro horas e é ministrada pelos instrutores formados no curso, geralmente psicólogos, assistentes sociais, conciliadores, mediadores, advogados e juízes. Durante a sessão, os instrutores conversam com as famílias, exibem vídeos e realizam algumas dinâmicas, que tendem a ensejar reflexão sobre o exercício da parentalidade.

 

O objetivo da oficina, segundo Vanessa da Rocha, não é apenas a redução das demandas, mas harmonização maior das relações familiares. Segundo ela, 70% dos participantes fazem acordo durante o trâmite do processo. E, além disso, há vários casos de reconciliação. “Já tivemos não só conciliação processual, mas também reconciliação de casais que desistiram do divórcio durante as oficinas”, contou.

 

Além disso, está sendo desenvolvida a oficina on-line, a fim de que um número maior de famílias tenha acesso ao programa.

 

Fonte: IBDFAM