Criança pode ganhar até 3 nomes

Um recém-nascido entregue à Justiça pode receber três prenomes até o fim da adoção. Durante o processo, muitas vezes cabe ao juiz da Infância batizá-lo provisoriamente para que seja feita a certidão de nascimento.

A missão leva magistrados a manifestarem de formas diferentes algumas paixões. "Um juiz deu a uma criança nome de Marcos Kléber por causa do Palmeiras", revela uma servidora do Judiciário, referindo-se ao goleiro e ao atacante do time.

O nome precário dado pelo juiz pode ser trocado pela mãe biológica – na entrega voluntária, questionar a mãe sobre o nome do bebê faz parte da avaliação psicológica – e pela família adotiva. "Quando é menina, me inspiro em nomes de ex-namoradas. Se é menino e estou sem ideia, abro a Bíblia", diz Iasin Issa Ahmed, juiz em Santo Amaro.


Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo