Crise econômica interfere no ritmo das separações judiciais

Para um crescente número de casais norte-americanos o preço do divórcio se tornou alto demais. Especialistas relatam que a crise econômica está forçando casais de classes média e baixa a permanecerem juntos. E para quem insiste na separação, a briga agora é para ver quem não vai ficar com a casa – e as dívidas que vêm com ela. Segundo o site moodys.com, uma em cada seis propriedades vale hoje menos do que sua dívida imobiliária.

De acordo com dados da Academia Americana de Advogados Matrimoniais (AAML), em proporção de quase 2 para 1, seus afiliados assistem a uma queda em pedidos de divórcios devido à recessão.

Segundo reportagem publicada hoje (27) no Jornal Super Notícia, na Carolina do Norte, houve 36,2 mil pedidos de divórcio até 30 de novembro do ano passado – o menor número da última década. O total em 2007 foi de 39 mil processos.

Não há dados nacionais consolidados para o ano, mas a tendência é a mesma em vários Estados. Em Nova York, 10,7 mil divórcios foram finalizados entre janeiro e março de 2008, contra 12,9 mil no mesmo período em 2007, segundo o Centro Nacional de Estatísticas de Saúde.

Para casais ricos esta é a hora certa de divorciarem-se

Se a crise vem forçando as classes média e baixa a manterem relacionamentos indesejados, na alta sociedade norte-americana o movimento parece ser contrário. Milionários estão vendo na recessão a hora certa para o divórcio, ao menos quando a consideração principal é a financeira.

Advogados de família de Manhattan, em Nova York, explicam que, para quem é o mantenedor principal de um casal rico, a queda no valor de bens pode ser aproveitada para limitar as perdas de uma partilha. Já para um parceiro que era sustentado pelo outro, o corte em antigas mordomias faz deixar de valer a pena agüentar uma união de conveniência.

 

Fonte: IBDFAM