Defensoria Pública de Minas Gerais, Arquidiocese de Belo Horizonte e Vicariato Episcopal realizam VIII Dia Mundial dos Pobres com apoio do Recivil

Na manhã do dia 14 de novembro, centenas de pessoas em situação de rua participaram de um evento especial em comemoração ao Dia Mundial dos Pobres. A ação, realizada pela Defensoria Pública de Minas Gerais, pela Arquidiocese de Belo Horizonte e pelo Vicariato Episcopal para a Ação Social, Política e Ambiental, ocorreu no Complexo Cento e Quatro, no Centro de Belo Horizonte, e contou com o apoio de diversos parceiros, entre eles o Sindicato dos Oficiais de Registro Civil de Minas Gerais – Recivil, que atuou no atendimento à emissão da segunda via de certidões de nascimento, casamento e óbito.

Para a coordenadora de Projetos Sociais do Recivil, Leila Xavier, o trabalho voltado para os vulneráveis da sociedade é de extrema importância para garantir a eles acesso aos serviços mais básicos e essenciais, como saúde e educação. “Os oficiais do Registro Civil do Estado de Minas Gerais têm como objetivo promover e resgatar a cidadania por meio da documentação civil básica. Garantir acesso à população vulnerável é um trabalho incansável e necessário, realizado durante o ano inteiro e em todos os cantos do estado”, afirma.

Dedicado às pessoas em situação de rua, o VIII Dia Mundial dos Pobres também ofereceu serviços como atendimento jurídico, odontológico, cuidados pessoais e resgate da autoestima, incluindo corte de cabelo, manicure e pedicure, além de atividades de lazer e recreação. A Defensoria Pública de Minas prestou atendimento jurídico e assistência psicossocial ao público presente.

Segundo Michelle Lopes, coordenadora de Projetos, Convênios e Parcerias da Defensoria Pública de Minas Gerais, ao longo das oito edições, a ação cresceu, agregando cada vez mais parceiros e atendendo um número crescente de cidadãos. “No ano passado, atendemos 600 pessoas no Dia Mundial dos Pobres. Este ano, nossa marca chegou a mil atendimentos”, destaca.

Para Michelle, a participação do oficial de Registro Civil e do Recivil é de extrema importância. “A documentação civil básica é o que garante a cidadania às pessoas, e só conseguimos esses documentos com a certidão de nascimento e casamento. Por isso, a participação do Recivil é fundamental”, ressalta.

Na ocasião, também foram distribuídos os donativos arrecadados pela campanha promovida pela Defensoria Pública de Minas Gerais, em parceria com a Arquidiocese de Belo Horizonte, o Vicariato Episcopal, o Serviço Social Autônomo (Servas) e a Associação das Defensoras e dos Defensores Públicos de Minas Gerais (ADEP-MG).

Lema 

O lema escolhido pelo Papa Francisco para esta edição do Dia Mundial dos Pobres é “A oração do pobre eleva-se até Deus”. Em sua mensagem, o pontífice destacou a força da oração dos humildes e incentivou a realização de iniciativas concretas para ajudar os pobres e apoiar os voluntários que se dedicam a essa causa.

Dados 

Conforme levantamento do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), realizado a partir dos dados disponíveis no CadÚnico, em 2022 havia mais de 236 mil pessoas vivendo nas ruas das cidades brasileiras, ou seja, uma em cada mil pessoas no Brasil estavam em situação de rua.

Em Minas Gerais, a mesma pesquisa apontou quase 26 mil pessoas em situação de rua cadastradas no CadÚnico.

O perfil majoritário de pessoas em situação de rua no país é masculino (88%), negro (68%) e com idade entre 30 e 49 anos (57%).

Em Belo Horizonte, segundo o site do MDHC, existem cerca de 12 mil pessoas em situação de rua. A capital de Minas Gerais é o terceiro município do país com maior número de pessoas em situação de rua, ficando atrás apenas de São Paulo (54,8 mil pessoas) e Rio de Janeiro (14 mil pessoas). Os dados são do CadÚnico, de julho de 2023.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação do Recivil