Florianópolis (SC) – A palestra “O poder da gentileza”, com a atriz Denise Fraga, abriu o último dia da 30ª edição do maior Congresso de Registro Civil do país, organizado pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), desta vez no Costão do Santinho, em Santa Catarina.
Por três dias, Florianópolis se tornou a capital dos registradores civis, debatendo temas relevantes para o RCPN e sua conexão com o direito contemporâneo. Foram abordados ainda o direito civil, processual, internacional, de família e da personalidade, além de assuntos pertinentes à classe registral que impactam diretamente a prestação de serviços públicos pelos oficiais de registro civil das pessoas naturais.
“Que hora foi essa que você começou a falar com a plateia de um texto que você não tinha decorado?” Foi com essa frase que Denise abriu sua palestra no sábado (12.10). A atriz, que não se intitula palestrante por não se considerar uma neurocientista ou professora, falou um pouco das angústias que carrega. “Eu sou uma distribuidora de pulgas atrás da orelha, porque tenho muitas. Eu acho que a gente está vivendo um momento crucial da história da humanidade, de grande transformação do comportamento humano, que é a vida digital, e o quanto ela acelerou a nossa vida”, destacou.
Segundo ela, que é autora da sua primeira palestra, intitulada “O poder da gentileza”, este é um dos momentos de maior transformação do comportamento humano e acredita que isso esteja acontecendo por causa da era digital, que tem acelerado a vida de todos. “Meu marido fala: ‘Se tá viciada nisso’, e eu digo: ‘Eu peguei agora!’ No outro dia, me pego usando o celular enquanto dirijo, porque esse negócio aciona no nosso cérebro o mesmo poder que a cocaína, e, quando você vê, não sabe por que apertou no Instagram ou em qualquer outro botão e arrastou para cima”, explicou. E aproveitou para dar uma dica de filme para explicar o comportamento das pessoas: “Tem um documentário na Netflix que se chama ‘Dilema’. Vale a pena ver, pois explica como estamos vivendo”.
Outra coisa reforçou é que é muito esquisito o que as pessoas se tornaram por estarem viciadas nas telas. “A gente tá aqui ainda; a gente precisa ser restaurada”, ressaltou. De acordo com atriz, as pessoas estão com a atenção fragmentada e toda hora pulamos para outro lugar, vivendo sem se entender devido ao maior instrumento de comunicação já inventado. “O primeiro desafio do dia é se relacionar, né? Tente ver que você pode ser melhor, reinaugurar. Nem ser melhor; a vida pode ser melhor para você!”
Fonte: Assessoria de Comunicação/Arpen-Brasil