Foz do Iguaçu (PR) – O jornalista e apresentador da Globonews, Gerson Camarotti, proferiu a palestra magna de abertura do Conarci 2018, na noite desta quinta-feira (13.09), em Foz do Iguaçu (PR). Ele, que é especialista em política e faz a cobertura jornalística de eleições desde 2008, falou sobre o atual cenário político no Brasil.
Camarotti falou brevemente sobre a situação fiscal do país, desde a época de Fernando Henrique, passando por Lula, Dilma até chegar ao atual governo de Michel Temer.
Ele também relembrou o recente ataque sofrido pelo candidato Jair Bolsonaro, do PSL. Para Camarotti, esse episódio deve servir como reflexão. “Para onde nós estamos indo? Não é o primeiro episódio extremo. Já houve tiros na caravana do Lula antes de ele ser preso. Tudo isso é um alerta pra onde não podemos ir e é um alerta para voltar nossa origem da conciliação, que é a essência do povo brasileiro”, disse.
Em relação a quem seria o provável presidente para os próximos quatro anos, o jornalista explicou que as pesquisas indicam que está tudo em aberto. Mas também revelou o provável candidato que irá para o segundo turno. “Do ponto de vista de pesquisa quem vai pra o segundo turno hoje é o Bolsonaro se não acontecer um fato importante daqui até lá, mas a segunda vaga está em aberto”, explicou.
O jornalista também falou sua opinião sobre os temas que não são abordados nas campanhas, mas que, segundo ele, são importantes serem discutidos. “Eu vejo que é preciso, urgentemente, e não está sendo feito isso, é um projeto de país. As candidaturas, de uma forma geral, procuram agradar a todos os públicos abordando temas relevantes, mas a situação fiscal do país acaba ficando de lado. Ninguém quer falar sobre uma coisa que incomoda, sobre a reforma da previdência e sobre o déficit público. E é o momento de se discutir justamente isso. Está na hora de cobrar um discurso mais realista dos candidatos”, ponderou.
Camarotti também falou sobre a reforma da previdência. Segundo ele, este é um assunto que deveria ter sido discutido na época em que o Brasil estava bem financeiramente e não agora. “O próximo presidente que irá tratar da reforma da previdência terá que ser bem mais duro, ter uma posição mais firme do que se tivessem feito isso há alguns anos”.
Por fim, ele abriu espaço para perguntas da plateia.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Recivil (Jornalista Melina Rebuzzi)