Letícia Maria Cassiano será o novo nome do bebê encontrado, neste fim de semana, na Lagoa da Pampulha. O registro provisório será feito, nesta quarta-feira (2/1), em cartório. A determinação é da juíza Neuza Maria Guido do Juizado da Infância e da Juventude de Belo Horizonte (MG).
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, a juíza esclarece que não usou o nome de Yara, como todos vêm tratando a menina, para preservá-la, já que o próprio nome remete à terrível experiência que ela viveu.
Letícia foi o nome escolhido porque quer dizer alegria e felicidade, e Maria, em agradecimento a Nossa Senhora, por ter a criança sobrevivido, destacou a juíza, que diz não ter qualquer documento de identificação dos pais da menina, baseando-se apenas nas informações repassadas pela Maternidade Odete Valadares.
Yara também foi descartado para evitar os clichês, como “Yara da Lagoa”, “Menina da Lagoa”, “RN da Lagoa”, que têm sido noticiados. Essa certidão faz-se necessária para que a criança assuma sua condição de cidadã e tenha seus direitos resguardados.
A magistrada ressaltou que o nome poderá ser mudado quando a criança for entregue à sua família definitiva. Ela determinou uma sindicância para a coleta de dados preliminares.
Amanhã, o processo deve seguir para o Setor de Estudos Familiares onde será feito o estudo psicossocial da família para saber quem tem condições de assumir a guarda.
Ontem, o advogado Mateus Vergara, ex-namorado da mãe da criança, acusada de tê-la jogado no lago, deu entrada no Juizado com o pedido de guarda da criança em nome dos avós maternos.
A juíza ainda não apreciou o pedido para cuidar das medidas mais imediatas que se referem à criança.