Noivos brasileiros celebram casamento pela internet

O publicitário Rafael Nunez Sá Freire, 26, está em Xangai, na China. A estudante de design gráfico Sara Stultz, 26, em Nice, na França. A distância não os impediu de dizerem “sim” ao outro, num matrimônio celebrado ontem (9) na Grande SP –e transmitido por webcam, via Skype.

Arquivo Pessoal

Sara Stultz, 26, exibe sua aliança para a webcam de Nice, na França; seu marido, Rafael Nunes Sá Freire, está em Xangai



A união civil foi registrada no 1º cartório de Osasco, ao meio-dia. Estavam presentes fisicamente os pais do noiva, Carlos Roberto Stutz, 53, e Edna Silva Stutz, 53.

Além do casal, foram virtualmente ao casório os pais do noivo, que acompanharam tudo de Barcelona, na Espanha. A assinatura da união foi feita por meio de procurações. A interação digital demandou três notebooks no local.

“Embora o `sim` dos procuradores seja o ato oficial que permite o casamento, o juiz concordou em também perguntar aos noivos, para tornar a cerimônia mais emocionante. Nós assistimos a tudo e vimos os pais e os padrinhos assinarem a certidão. Foi muito emocionante e ao mesmo tempo engraçado”, diz Rafael, que conheceu sua mulher em São Paulo, quando tinha 13 anos de idade.

Arquivo Pessoal

União civil foi registrada no 1º cartório de Osasco, mas transmitida pela internet



Desde então, nunca perderam contato, mesmo em países diferentes.

“Não existe no Brasil ainda casamento on-line. Neste caso, fizemos por procuração, mas eles assistiram e participaram da cerimônia pela internet. Nunca vi isso, para mim é novidade”, explica Alexandra Leal Musa, oficial de registro civil do do 1º cartório de Osasco.

Em agosto, o casal planeja comemorar a união numa festa (presencial), a ser . realizada em São Paulo. Depois disso, os dois vão morar juntos em Xangai.

“O chato de tudo isso é que a lua de mel vai ficar para daqui quatro meses, quando nos encontrarmos no Brasil para a festa do casamento religioso”, desabafa Rafael. O pai da noiva comemora, naturalmente: “Vão ficar chupando o dedo até lá.”

 

Fonte: Folha online