Portas fechadas para o público no dia dedicado aos magistrados

No Dia dos Magistrados, celebrado ontem pela esfera do Poder Judiciário em todo o País, a população não conseguiu atendimento nos cartórios, tabelionatos e fóruns da capital baiana, por conta da paralisação da categoria.

O professor Edvaldo Loiola de Brito, 39 anos, aproveitou o recesso no trabalho em virtude do Dia do Estudante, também celebrado ontem, dia 11, e foi até o 14º Ofício do Cartório de Registros e Títulos e Documentos,no Centro Empresarial Iguatemi, para reconhecer firma em uma documentação.

"Eu não sabia que estava fechado. Isso deveria ser avisado uma semana antes, para informar à população", disse. "Vai ser necessário dedicar outro dia para resolver isso", completa.

O garçom José Edson de Queiroz, 52 anos, também não sabia que encontraria os serviços indisponíveis. Mas as portas fechadas não o desanimaram.

"Tudo bem, eu volto outro dia", garantiu.

A situação, entretanto, tirou o ânimo do português Pedro José do Carmo Gabriel, 31 anos.

Ele esteve no 9º Ofício do Tabelionato de Notas, no Pituba Parque Center, mas não conseguiu resolver questões pendentes nas documentações.

"Cheguei aqui às 6h30 e encontrei tudo fechado.

Precisava reconhecer firma de histórico escolar e de documentos da faculdade", conta ele, que é formado em psicologia em seu país de origem.

Para ele, não adiantou acordar tão cedo para concluir as pendências. "Em Portugal, atrasa um pouco, mas aqui no Brasil atrasa muito mais", garante ele.

Primeiros cursos O Dia do Magistrado foi escolhido em homenagem à instalação dos primeiros cursos jurídicos no Brasil, iniciados em 1827, nas academias de direito de São Paulo e Olinda.

Antes,os estudos jurídicos eram realizados na cidade de Coimbra, em Portugal.

Até amanhã, mais de 400 juízes e desembargadores reúnem-se no Hotel Sauípe Class, em Costa do Sauípe (a 110 quilômetros de Salvador) para participar do Encontro de Magistrados da Bahia, promovido pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJ-BA) e a Associação dos Magistrados da Bahia (Amab).

Procurado pela reportagem na tarde de ontem, o presidente da Amab, Ubiratã Pizzani, não foi localizado. A presidente do TJ-BA, a desembargadora Telma Britto, confirmou que, em Salvador, o feriado é legal e instituído.

 

 

Fonte: Jornal A Tarde – BA