Recivil em defesa do registro civil da população cigana

O Recivil recebeu no dia 29 de maio na sede do sindicato o presidente do Centro de Cultura Cigana, Zarco Fernandes, para tratar da defesa do registro civil da população cigana.

 

Também estiveram presentes na reunião, o presidente do Recivil, Paulo Risso; a equipe de Projetos Sociais do Recivil; o coordenador de Convênios e Projetos da Defensoria Pública, Varlen Vidal; o defensor público, Francisco de Assis de Castro Calcagno; e o representante da Subsecretaria Estadual de Direitos Humanos, Clever Alves Machado.

 

                                                    

                                                                                          (da esq. para a dir.) Zarco Fernandes, Francisco de Assis de Castro Calcagno,

                                                                                                  Varlen Vidal, Paulo Risso, Maria Cecília Duarte, Clever Alves Machado.

 

 

 

Segundo Zarco, em Minas Gerais, dos 432.503 ciganos cadastrados pelo Centro de Cultura Cigana, 26,85% não têm documento, ou seja, 116.127 mil estão à margem da cidadania, desse total, 16.788 são crianças e adolescentes que não podem freqüentar a escola por falta de documentação.

 

Durante a reunião, Zarco Fernandes criticou o governo federal dizendo que ele ficou de resolver a questão do registro civil dos ciganos até 2006 e que até hoje nada foi feito. Ele também afirmou que há muita discriminação contra os ciganos e que por isso não conseguem ser registrados.

 

O presidente do Recivil, Paulo Risso, afirmou que o número de ciganos sem registro é alarmante e preocupante, mas também explicou que o caso dos ciganos é complexo. “Não acredito em discriminação. A dificuldade maior é pelo fato de serem nômades, isso dificulta o processo do registro”.  

 

A coordenadora de Planejamento Estratégico e Programas Sociais do Recivil, Maria Cecília Duarte, explicou que os cartórios não deixam de fazer nenhum registro e que os ciganos são pessoas como outra qualquer e por isto têm os mesmos direitos.

 

A defensoria pública e a Secretaria de Direitos Humanos, através de seus representantes, juntamente com o Recivil se prontificaram em tentar resolver o problema. O primeiro passo seria a realização de uma ação em Juiz de Fora, cidade sede do Centro de Cultura Cigana, para tentar acabar com o sub-registro dos ciganos da cidade. Zarco vai levar a decisão às outras seis lideranças da comunidade cigana do Brasil.

 

 

                                                  

                                                                                               Reunião abordou dificuldade dos ciganos em obter o registro civil

 

Governo federal mapeará população cigana

 

Fonte: Assessoria de Imprensa