RIO – Se há 30 anos cerca de 30% dos brasileiros nascidos vivos eram invisíveis para o Estado por não terem sido registrados no cartório, atualmente apenas 1% dos bebês se encontram nessa situação. O dado de sub-registros de nascimento foi atualizado nesta segunda-feira pelas Estatísticas do Registro Civil 2014, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No ano passado, o índice de sub-registros era de 5%, percentual bem baixo em comparação ao patamar dos anos 2000, quando a taxa chegou a 20%. Em 2014, estima-se que tenham nascido no Brasil 2.933.186 bebês, dos quais 2.904.964 foram registrados.
As diferenças regionais ficam evidentes nas estatísticas de sub-registro. As regiões norte e nordeste foram as únicas a apresentar déficit de registro com percentual local de 12,5% e 11,9%, respectivamente.
O IBGE explica a existência de sub-registros como uma evidência da falta de acesso à informação e a serviços básicos como saúde e assistência social. Outro fator relevante na hora de registrar ou não os filhos, segundo o IBGE, é a distância da residência em relação aos cartórios e nos custos envolvidos no processo.
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Fonte: O Globo