Uma etiqueta sem papel, composta por diversas camadas de resinas especiais dispostas em uma ordem unificada é a nova arma para os tabelionatos e cartórios inibirem as fraudes nos documentos autenticados – que são mais comuns do que as pessoas imaginam.
A Safety Print foi desenvolvida pela C&S do Brasil, de Novo Hamburgo, e possui sistemas de segurança diferenciados, como holografia com imagem tridimensional, tinta reagente a luz negra e fundos especiais. É resistente ao tempo e impossível de ser removida para reutilização.
“Os tabelionatos enfrentam rotineiramente problemas com fraudes em documentos reconhecidos, certificados e autenticados. Uma delas é a remoção da etiqueta e aplicação em outro documento, o que pode permitir que o fraudador consiga abrir conta em banco e empresas em nome da vítima”, conta o diretor da C&S do Brasil, Diógenes Corteletti.
Foram quatro anos de pesquisas e testes para desenvolver essa tecnologia, que já foi testada e, no início de 2017, estará disponível no mercado. “Somos a primeira empresa no Brasil a lançar um produto como esse”, diz. Segundo ele, há 20 anos não nada de novo era criado para ajudar os tabelionato e registros a se protegerem. Já os falsificadores, sofisticaram as suas técnicas.
Não foi fácil chegar a uma composição capaz de garantir segurança, aplicação simplificada e que se encaixasse no processos atuais dos tabelionatos, para não gerar um trabalho adicional. Trabalho esse que levou a companhia a encaminhou o pedido de patente não só para o produto, mas também para os processos. Assim como as etiquetas tradicionais, a Safety Print será vendida em cartela ou em rolo. A aplicação é manual, mas a empresa já está trabalhando para criar uma espécie de carimbo.
Recentemente, os sócios participaram da versão brasileira do programa de televisão Shark Tank Brasil, no qual empreendedores apresentam as suas ideias a investidores. Nenhum “tubarão” investiu na ideia, mas, a exposição abriu muitas portas. “Foi uma grande experiência e que fez com que tabelionatos de todo Brasil passassem a nos procurar”, comemora Corteletti.
Fonte: Jornal do Comércio