Recivil participa de projeto dedicado aos moradores de rua de Belo Horizonte

Moradores de rua de Belo Horizonte ganharam um espaço de apoio e acolhimento durante a pandemia do Coronavírus. Neste sábado (13/06), começou a funcionar na Serraria Souza Pinto o projeto Canto da Rua, organizado pela Pastoral de Rua da Arquidiocese de Belo Horizonte.

O espaço vai funcionar todos os dias, durante dois meses, das 8h às 14h. A expectativa é atender cerca de 600 pessoas por dia. Logo na entrada, elas passam pelo teste de febre, depois são encaminhadas para higienização, lanche, serviços de saúde, assistência social e Defensoria Pública. O espaço ainda conta com guarda-volumes, tenda para estacionar carrinhos e lavanderia.

Local para higienização das mãos está disponível aos moradores de rua.

O Recivil e os cartórios de registro civil também estão participando da ação, fornecendo a segunda via das certidões de nascimento e casamento. A responsável pelos projetos sociais do Sindicato, Leila Xavier, explicou a importância do documento nesse momento de pandemia. “A certidão viabiliza a emissão de outros documentos e ao auxílio emergencial do Governo Federal”, disse Leila, lembrando que podem ser solicitadas certidões de qualquer local do país.

Recivil e os cartórios de registro civil são parceiros do projeto.

Cícero Donizete Dutra, que está em um dos albergues da capital, explicou que precisa da certidão para dar entrada em seus outros documentos. “Estou sem meu RG, meu cartão do Bolsa Família, CPF, carteira de trabalho. Saio para a rua preocupado, porque estou sem nenhum documento”, contou.

Outro morador de rua que procurou o serviço oferecido pelo Recivil foi Fernando Alves Lopes. Ele está precisando dos documentos para retornar para sua cidade natal, Pirapora. “Acho essa oportunidade muito gratificante, só Deus para retribuir essa benção que vocês estão nos dando de coração, dedicando aos moradores de rua”.

Fernando está sem seus documentos e aproveitou a oportunidade para solicitar a segunda via de sua certidão.

Em seu primeiro dia de funcionamento, o projeto recebeu cerca de 300 pessoas. Em Belo Horizonte, são aproximadamente 4.600 pessoas em situação de rua.

“Estamos na luta contra a Covid e de maneira muito especial a gente tem um olhar para a rua. Depois desse trabalho aqui não podemos parar. Que o poder público, o poder municipal, o poder da saúde e todos os poderes possam ter o olhar para a rua e possam nos ajudar a controlar e ajudar as pessoas a dar passos significativos na vida delas, como cidadãos livres”, pediu a coordenadora da Pastoral Nacional, Solange de Fátima Damião.

Solange de Fátima Damião trabalha na coordenação do projeto voltados aos moradores de rua de BH.

 
 

Fonte: Assessoria de Comunicação do Recivil