Segundas vias de certidões de nascimento, casamento e óbito foram emitidas gratuitamente, facilitando o acesso da população em situação de vulnerabilidade social aos serviços.
Ainda não passava das oito da manhã quando a fila já reunia mais de mil pessoas no Parque Ecológico de Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte. Mães com crianças no colo, idosos e trabalhadores se abrigavam sob as árvores enquanto aguardavam atendimento. A espera tinha um motivo em comum: sair dali com um documento em mãos — muitas vezes, a chave para acessar direitos básicos.
Nesse cenário, no dia 17 de julho, o Recivil participou da Ouvidoria Móvel do Estado de Minas Gerais, levando cidadania a quem mais precisa. Durante o mutirão, foram realizados 155 atendimentos com a emissão de segundas vias de certidões de nascimento, casamento e óbito.
Para moradores como Aline da Silva, do bairro Alterosa, a ação foi a chance de resolver uma demanda urgente.
“Vim buscar a certidão de nascimento do meu filho. Foi bom demais, porque é perto de casa e de graça. Achei muito rápido e gostei muito do atendimento. Em todo lugar a gente precisa desses documentos, e eu estava realmente precisando”, contou.
A importância de iniciativas como essa vai além do atendimento imediato. A ouvidora-geral do Estado, Gabriela Siqueira destacou o caráter transformador da ação:
“A intenção maior desse evento é reunir, em um único lugar, vários serviços públicos, facilitando a vida da população — sobretudo daquela que tem dificuldade de acesso, seja pelo deslocamento ou por barreiras tecnológicas. Quando o Estado e as instituições se colocam nesse lugar de escuta ativa, conseguimos oferecer serviços melhores e mais transparentes. Agradeço muito ao Recivil, porque a emissão de documentos garante ao cidadão o acesso a outros direitos essenciais. Sei que é um esforço grande para os colaboradores virem até aqui, mas isso é um verdadeiro ato de servir”.
A ação também ganhou um tom simbólico em Ribeirão das Neves, onde o cartório local completou 100 anos em maio. A oficial Elisabeth Borges Dias reforçou a relevância do serviço:
“O Cartório de Registro Civil é a porta de entrada para a cidadania. Certidões de nascimento, casamentos e outros documentos marcam a vida das pessoas. Ao participar desta ação, o Recivil amplia o acesso da população a um serviço fundamental. É muito gratificante poder contribuir com a comunidade”.
Para Diego Dimas da Silva, oficial substituto em Justinópolis, a experiência reforça o impacto dos cartórios:
“O registro civil é o pilar da nossa identificação. É prazeroso ver a dignidade sendo garantida a quem muitas vezes não tem acesso a documentos básicos. Para mim, é de suma importância estar aqui participando desse momento”.
Mais que certidões, o evento entregou reconhecimento e dignidade. Ao final do dia, cada papel retirado da fila das impressoras representava mais que um registro: era o início de uma nova história para centenas de cidadãos.