Assessor precisa provar que está vivo

O nome pouco comum, escolhido pelo pai, não livrou Romaldo Schwingel, 55 anos, de uma coincidência curiosa. Na última sexta-feira, decidido a renovar a carteira de motorista, o assessor de veterinária de Teutônia, no Vale do Taquari, descobriu que no sistema de dados ele estava morto há quase um ano.

Sem conseguir a renovação da habilitação, Schwingel foi até a delegacia, onde foi informado que o registro de óbito foi feito em Erechim em 12 de maio de 2009. Para comprovar que continua vivo, ele procurou um advogado. Antes de decidir quais as medidas adotar, ele aguarda a chegada do atestado de óbito.

Enquanto a situação não se revolve, Schwingel, apesar dos transtornos, faz graça com a situação.

É o Romaldo mesmo, o fantasma brinca ao atender o telefone.

Os amigos lhe prometeram até uma missa de um ano de falecimento, que completaria ontem. O apelido Mutuca também deu lugar ao de Fantasminha Legal . Apesar do bom-humor, ele teme ter roblemas.

Não posso usar meus documentos mais. Além disso, toda minha família levou um susto muito grande. Preciso saber quem foi o culpado por todo esse transtorno diz.

Segundo o oficial substituto do Cartório de Registro Civil de Erechim, Mateus Voszyl, se trata de um caso de homônimos (nomes iguais). Conforme o oficial, o óbito do outro Romaldo Schwingel, 77 anos, foi registrado pela mulher da vítima.

Todos os meses o cartório envia ao Departamento de Identificação do Instituto Geral de Perícias (IGP), na Capital, uma relação com os registros de óbito, para que sejam lançados no sistema. ZH procurou o IGP sobre o caso, mas não obteve resposta.

 

 

Fonte: Jornal Zero Hora – RS