A rotina diária da registradora civil de Brumadinho, Rita de Cassia Portugal Costa Coelho, passou por uma reviravolta desde a última sexta-feira (25.01) quando uma barragem da mineradora Vale se rompeu no distrito de Córrego do Feijão, localizado nas proximidades da serventia.
Primeiro o susto, depois a tristeza de saber que amigos e conhecidos, tanto da registradora quanto de seus funcionários, estavam entre os desaparecidos.
Mas a dor não parou por aí, com o passar das horas a registradora se deparou com a necessidade de documentação da população que perdeu seus pertences e com a crescente demanda por registros de óbitos, visto que as buscas ainda continuam.
Rita que estava acostumada a realizar entre sete e 10 registros de óbitos por mês, viu o movimento da serventia triplicar esses números, porém, num intervalor de tempo bem menor, por dia. Mesmo em luto e assustada, a registradora busca atender da melhor forma possível a população.
A cartorária recebeu o apoio do Recivil com orientações técnicas e materiais. O Recivil encaminhou também uma equipe especialmente para realizar um mutirão de documentação para a população atingida.
Foi ainda instalada, em regime de urgência, uma Unidade Interligada no Instituto Médico Legal (IML) para onde estão sendo levados os corpos regatados e através da qual os óbitos estão sendo emitidos mais rapidamente.
O Recivil conversou com a registradora. Assista ao vídeo.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Recivil (Jornalista Renata Dantas)