Casamentos mais cedo e mais estáveis

Recém-casados, Camila Silva Mendes e o comerciário Luiz Bosco de Siqueira Júnior não conhecem Francisco Monteiro Neto e Liliane Monteiro, juntos há 19 anos. Entretanto, os dois casais têm mais coisas em comum que a proximidade das cidades onde moram – o primeiro em Cuiabá e o segundo em Várzea Grande. 


Camila, Bosco Júnior, Francisco e Liliane integram a estatística do IBGE que aponta Mato Grosso como o estado do Centro Oeste onde as pessoas se casam mais cedo e onde se registra o menor índice de divórcio. 

Em Mato Grosso, conforme pesquisa divulgada semana retrasada, as mulheres sobem ao altar aos 26 anos e os homens aos 29,9, enquanto a média de idade da formalização do casamento no Centro Oeste é de 26,5 para elas e 30,1 para eles.

No Distrito Federal, por exemplo, os homens se casam aos 30,7 anos e as mulheres aos 27,5. A média da idade de nupcialidade dos mato-grossenses também está abaixo da nacional. No Brasil, a idade dos casais é: 30,4 anos homens e 27 para as mulheres.

Outro dado que chama a atenção se refere às taxas de divórcios. Em Mato Grosso o índice dos que se desfazem o casamento formalmente é duas vezes menor que o de Mato Grosso do Sul. No estado vizinho, em cada 1 mil habitantes há 2,4 casos de divórcios, enquanto aqui há um para a mesma proporção de habitantes.

Há quinze dias, Camila Mendes, 25 anos, e Luiz Bosco Siqueira Júnior, de 28 anos, subiram ao altar da Igreja Mães dos Homens para o tradicional sim. Dizer que aceitam viver juntos, na saúde e na doença, até que a morte os separe. Três dias antes já haviam firmado o mesmo compromisso no casamento civil em uma cerimônia reservada à família.

Camila e Júnior se conheceram há dois anos, apresentados por amigos em comum em um restaurante cuiabano. Depois de um ano de namoro foram morar juntos. 

Além do casamento na igreja e no cartório, com direito a festa para os amigos, Camila e Júnior planejam cada passo da união. “Filhos, somente depois de termos nossa própria casa”, diz o casal com o pé no chão. 

Assim como se organizaram e esperaram pelo momento oportuno para casar e compartilhar essa felicidade com parentes e amigos, Júnior e Camila querem fazer o mesmo com a família. 

“Ainda não conversamos sobre o tamanho da família que queremos, mas acho que teremos uns dois ou três filhos”, diz instantes depois da cerimônia civil. Júnior esboça um sorriso como sinal de que concorda com a mulher. 

Camila e Júnior desconheciam os dados da pesquisa do IBGE e antes de serem informados superficialmente pela reportagem já haviam declarado: “estamos juntos acreditando e dispostos a fazer com nossa união seja duradoura. Para sempre”.