Elvis, Alanis, John Lennon, Iron e Nirvana saiba a importância do Registro Civil mineiro na escolha de nomes em homenagem ao Rock N’ Roll

Nesta quinta-feira, 13 de julho, comemora-se o Dia Mundial do Rock, uma data que celebra a música e o estilo de vida associado a esse gênero tão influente, quem nunca cantou para alguma Camila, o hit “Camila, Camila” da banda Nenhum de Nós? ou recitou “Era Ana Paula, agora é Natasha” (Natasha – Capital Inicial) para alguma garota com estes nomes? O rock tem inspirado não apenas a criação de músicas marcantes, mas também influencia a cultura de forma geral, incluindo a escolha de nomes para os filhos de pais fãs de rock. E vocês? conhecem algum Elvis, Alanis, John Lennon, Iron, Nirvana ou alguém que tenha seu nome inspirado no Rock n´roll? Estas escolhas começam no registro civil e na habilidade do oficial de cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais (RCPN) na filtragem de nomes, que no contexto da época do ato do registro, podem ser inovadores, mas, também, podem constranger, de alguma forma, a pessoa no futuro.

Elvis Hilton com a primeira certidão

A Inspiração em Ídolos do Rock:

Entrevistamos Elvis Hilton Alves Pereira, um mineiro nascido em 1970 na cidade de Nanuque, Minas Gerais, que compartilha seu nome com a lenda Elvis Presley. Elvis Hilton conta que seu pai era grande admirador do Rei do Rock e decidiu homenageá-lo ao dar-lhe o mesmo prenome. Ele relata que, ao longo dos anos, buscou compreender a magnitude do legado deixado por Elvis Presley e desenvolveu uma paixão pelas artes, mas ele não é músico como seu xará e sim artista plástico, sua habilidade está em desenhar pessoas. Confira: @elvishp8

Elvis Presley desenhado por Elvis Hilton

“Eu adoro o meu nome! É claro que sempre tem uma piadinha ou outra quando mostro meu documento de identificação e escuto: — Elvis não morreu! Tenho que falar que uma das minhas músicas preferidas é “Love Me Tender”, então está tudo certo. Viva o Rock n’Roll”, celebra o Elvis mineiro.

Certidão original atualizada

A atriz Alanis Gullen, famosa por interpretar Juma na última versão da novela “Pantanal”, também teve o nome inspirado no universo do rock. Seu nome é uma homenagem direta à talentosa cantora e compositora canadense Alanis Morissette, cujas músicas e letras intensas tiveram um impacto significativo em sua vida. Ela afirma em uma entrevista que um tio presenteou seus pais com o CD ‘Jagged Little Pill’, quando sua mãe estava grávida, e que logo que eles bateram o olho na capa do CD tomaram a decisão em homenagear a roqueira. (link da entrevista)

O Dia Mundial do Rock nos lembra da influência duradoura desse gênero musical e como ele tem o poder de inspirar não apenas canções, mas também nomes de pessoas, não só aquelas que vivenciaram seu auge nos anos 70/80/90. Elvis e Alanis são exemplos de pessoas que os pais encontraram inspiração em ídolos do rock para batizar seus filhos, mas eles não estão sozinhos. De acordo com o CRC Minas – base de dados do Recivil – do ano 2000 até 2023 foram registradas várias pessoas com nomes inspirados no gênero musical, mostrando que o estilo está presente nos nomes de muitos jovens.

Veja alguns números:

447 – Elvis
366 – Alanis

1284 – Iron
52 – John Lennon
13 – Nirvana
04 – Rita Lee
01 – Roger Waters
01 – Jimi Hendrix

O papel do Registro Civil na escolha de nomes:

O registro civil desempenha um papel fundamental na escolha de nomes para os recém-nascidos, garantindo que não sejam atribuídos prenomes que possam constranger as crianças no futuro. Os oficiais de cartório de RCPN são responsáveis por analisar os nomes propostos pelos pais e verificar se estão de acordo com as leis e regulamentos estabelecidos.

Embora seja importante respeitar a liberdade de escolha dos pais, o registro civil busca evitar a imposição de nomes que possam trazer desconforto ou prejudicar os filhos no decorrer de suas vidas. Nomes que fazem referência a ídolos do rock, como Elvis, Raul e Alanis, são permitidos, desde que não violem os princípios legais e não infrinjam direitos de terceiros.

Ao filtrar os nomes escolhidos pelos pais roqueiros, o registro civil busca encontrar um equilíbrio entre a liberdade dos pais e a proteção do interesse das crianças. Essa abordagem é fundamental para garantir que os nomes não gerem constrangimentos, preconceitos ou dificuldades para os indivíduos ao longo de suas vidas. Thiago Carvalho Ferreira, oficial de RCPN de Nanuque, onde Elvis Hilton foi registrado nos anos 1970, afirma que na época outro oficial ocupava a titularidade, mas que o prenome Elvis não traz impedimento para registrar, porém é necessário ter cautela quanto as escolhas dos pais. “O nome é um atributo da personalidade, e constitui uma expressão da individualidade no qual visa afirmar a identidade de uma pessoa perante a sociedade e as ações contra o Estado. Portanto, frente a tal situação, é de vital importância que o registrador oriente os genitores, com bom senso, acerca do nome adotado, que num primeiro momento atenderá aos seus anseios, contudo, poderá expor seu filho à situações vexatórias. O filtro exercido pelo registro civil é de fundamental importância para que o registrado tenha dignidade e respeito desde o nascimento até a sua morte”, pontua.

Thiago Carvalho Ferreira- oficial de RCPN de Nanuque

Nesse contexto, é essencial reconhecer o papel do registro civil e dos oficiais de cartório de RCPN na filtragem e análise dos nomes propostos pelos pais. Embora a liberdade de escolha seja valorizada, é necessário considerar os interesses e o bem-estar dos filhos, evitando nomes que possam constrangê-los no futuro. Dessa forma, o registro civil garante a preservação da identidade e o respeito à individualidade de cada pessoa, ao mesmo tempo em que resguarda seus direitos e integridade.

Fonte: Assessoria de Comunicação do Recivil