Estudo da FGV aponta que as finanças têm relação direta com divórcios no País

Um motivo comum para a separação de casais foi comprovado por um estudo que reuniu dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e de cartórios do Brasil. Para tentar descobrir qual a relação entre renda familiar e número de divórcios, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) estudou um período de 12 anos. O cruzamento de dados do IBGE e dos cartórios de registro civil revela quais são as situações que geram crise ou estabilidade para o casamento.

Entre 1992 e 2004, a renda das mulheres casadas cresceu 58% e a taxa de divórcios aumentou 17%. O estudo mostrou que, nos casais em que o homem ganha menos ou perde o emprego, há mais divórcios. Já a estabilidade do casamento é maior quando o homem ganha mais e o salário da mulher entra como reforço da renda. Também se separam menos aqueles que têm filhos pequenos.

“Um dos preços que você tem que pagar pela emancipação financeira da mulher é o aumento da taxa de divórci”, afirmou Maurício Canêdo, pesquisador da FGV.

Para o psiquiatra Flávio Gikovate, é preciso mudar a forma de educar homens e mulheres e reforçar o diálogo em momentos de crise, mas ele acredita na vitória do amor, de um novo tipo de amor.

“Marido e mulher vão ter que ser os melhores amigos. Em vez de a admiração diminuir, vai haver cooperação nas horas de adversidade”, avalia.

 

Fonte: Jornal Zero Hora – RS