Genilson Gomes expressa sua responsabilidade e expectativas para o próximo mandato após a aprovação de sua gestão pela classe registral mineira
Em entrevista à Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), Genilson Gomes, presidente reeleito do Recivil/MG, ressalta que o resultado obtido no último sábado (27) aumenta a responsabilidade e a necessidade de fazer ainda mais para garantir conquistas e avanços. Ele destaca a importância do registro civil das pessoas naturais e os desafios enfrentados nessa área, especialmente em termos de valorização das pessoas.
Confira o conteúdo completo abaixo:
Como presidente reeleito do Recivil/MG, qual a sua expectativa para o próximo mandato?
Genilson Gomes – Em uma reeleição a responsabilidade aumenta principalmente porque se a classe aprovou o nosso trabalho, então, temos que fazer mais ou, no mínimo, garantir as conquistas. As nossas expectativas sempre são as melhores principalmente com a importância que o registro civil das pessoas naturais ganhou com as últimas alterações legislativas, mas ainda é pouco. Sabemos que quando se trata desta área os desafios são enormes, principalmente em termos de valorização das pessoas.
O senhor já atuava como presidente na última gestão. Quais os maiores desafios enfrentados e quais são as metas para o próximo quadriênio?
Genilson Gomes – Enfrentamos inúmeros desafios desde o primeiro dia que assumimos a gestão do RECIVIL, em 26/06/2019. Os nossos colegas não fazem ideia do que passamos para quebrar vícios e interesses das mais diversas matizes. Romper com o sistema vigente não é fácil e é preciso atitude e não ceder às pressões. Além disso, é importante lembrar que enfrentamos uma pandemia com apenas sete meses de mandato, prejudicando todo o planejamento e fazendo com que nos reinventássemos. Mesmo assim, acho que saímos bem, visto que a nossa classe deu esta resposta na urna, reelegendo a nossa diretoria para mais quatro anos.
Para o próximo quadriênio, seguiremos os três pilares pelos quais norteamos nossa gestão: sustentabilidade, qualificação dos oficiais e tecnologia. O primeiro é a busca constante por meio da melhor distribuição de renda nos ressarcimentos de atos gratuitos, além de convênios para atrair novos serviços e tentar que o registro civil das pessoas naturais sempre tenha prioridade em qualquer projeto que vise reestruturar as serventias, trazendo outras especialidades para agregar ao RCPN. A qualificação através dos cursos é importante, pois eleva o nível do profissional, tornando a classe forte e respeitada. Já a tecnologia traz eficiência e agilidade na prestação do serviço, colocando-nos como prestadores de serviços de altíssima qualidade e com credibilidade perante a sociedade.
É importante salientar que os três pilares devem coexistir porque não adianta ter um profissional com muito conhecimento, mas sem sustentabilidade, por exemplo. Os registradores somente conseguirão adquirirem para as suas serventias equipamentos tecnológicos modernos, se tiverem recursos para tal.
O Recivil está sempre atento às novas tecnologias, prova disso foi a parceria feita com o governo mineiro para a emissão da segunda via da certidão eletrônica. Essa continua sendo uma das principais metas dos próximos quatro anos?
Genilson Gomes – Transformar o registro civil das pessoas naturais em Minas Gerais, levando aos registradores o que tem de mais moderno em matéria de tecnologia sempre foi a nossa obsessão. E se pudermos falar que a pandemia teve algo de bom, foi justamente nesta parte. Com as condições que tínhamos durante aquele período, aceleramos os projetos de tecnologia da informação e fizemos mudanças profundas no setor. Hoje temos uma equipe de alto nível, com vários projetos em andamento e esperamos neste segundo mandato entregar o que de melhor existe na área de tecnologia.
A diretoria manteve diversos membros da antiga gestão. Qual a relevância de iniciar o mandato com um grupo já coeso?
Genilson Gomes – Começo esta resposta com a seguinte máxima: “em time que está ganhando, não se mexe”. Nossa atual diretoria, talvez pela forma que assumimos no primeiro mandato, após uma disputa judicial por quatro anos, acabou criando laços muito fortes. Tornamos muito mais que amigos, hoje somos uma família. Isto nos uniu e fortaleceu. Nenhum dos nossos diretores possuem vaidade e ambição pelo poder, pelo contrário, entramos nesta luta por inconformismo, amor e ideologia. Com intuito único e exclusivo de ajudar a classe e dar dignidade aos colegas.
Somos uma diretoria bem heterogênea, com cada um vivendo realidade diferente, com a maioria pertencente aos cartórios de cidades pequenas e, aqueles que são dos grandes centros, abraçaram nossas ideias porque eles também possuem uma sensibilidade social e pensamento coletivo. Nós lutamos pela dignidade aos oficiais de registro civil.
Sabemos que existem algumas teses de que quem está a frente por muito tempo acaba se desgastando, eu não comungo com várias teorias que existem por aí, acho que as pessoas no Brasil cansaram de desmandos, hipocrisia, mentiras e discursos sofismáticos.
Quando adotamos o nome da nossa chapa: “A Renovação tem que Continuar” é porque entendemos que renovar é uma constante e vale tanto para a gestão do Recivil quanto para a nossa vida privada. Temos sempre que estar aperfeiçoando e aprendendo. Não adianta trocar só por trocar. Os registradores mineiros entenderam que se trocassem poderiam retroceder. A palavra renovar tem a ver muito mais com atitude, postura e forma de gerir do que simplesmente mudar pessoas de cargos. Por isso sempre digo que estas teorias de oxigenar só fazem sentido quando quem está no poder não está mais entregando coisas boas, não está renovando no dia a dia.
Ter a frente de uma entidade pessoas com espíritos de coletividade é meio caminho para a gestão ter êxito. Para finalizar, um traço muito importante desta diretoria é a busca a todo instante por relacionar de forma republicana e independente com todos. O calor humano que recebemos neste processo eleitoral nos deu a dimensão do nosso trabalho e o quanto vale a pena fazer diferença na vida das pessoas por menor que seja esta. O bem sempre tem que vencer.
O que a classe registral pode esperar do Recivil?
Genilson Gomes – Podem esperar muito trabalho e que continuaremos a seguir nossas diretrizes que são a sustentabilidade, qualificação e o aprimoramento tecnológico contínuo. Nossos colegas podem confiar que tudo que fizermos será com o objetivo de melhorar para a coletividade. A primazia do interesse coletivo é a base da nossa gestão. Seremos ainda mais eficientes, dinâmicos, democráticos, participativos e inclusivos. Até porque, nós queremos uma aproximação com os nossos associados e entender os seus anseios, necessidades e desafios.
Eles terão sempre acesso aos membros da diretoria porque somos, antes de tudo, colegas de profissão, e, o fato de estarmos na diretoria do Recivil não significa que somos melhores do que nenhum deles e enquanto estivermos na gestão daremos o máximo pela classe, respeitando os oficiais e lembrando sempre que a entidade só existe por causa deles e não o contrário. Por isso uma gestão austera, buscando reverter esta austeridade em benefício dos registradores tem sido uma das nossas políticas desde o começo do nosso mandato. Não podendo nunca esquecer que apesar de categorias heterogêneas de filiados nunca criamos distinção entre concursados, interinos e efetivados, todos enquanto filiados ao Recivil são Oficiais de Registro e assim serão tratados sem haver nenhuma segregação pela forma de ingresso na serventia. Durante o processo eleitoral e desde que assumimos a gestão, um pequeno grupo insiste em criar e nos colocar como inimigos de parte dos colegas que estão em serventias de registro civil. Nós não fizemos e não faremos distinções entre colegas. Nossos adversários tem optado pelo método Goebbels (ministro da propaganda nazista) de fazer política, repetindo mentiras até que estas virassem verdades.
Nossa gestão é pautada na razão e no respeito à ordem jurídica, jamais embarcaremos em aventuras que não possuem fundamentos no Estado Democrático de Direito. Estamos prontos para mais este mandato e aproveitamos a oportunidade para agradecer a todos que compareceram na eleição e de forma democrática exerceram o seu direito de voto, confiando na continuidade da renovação que o registro civil mineiro esperou por décadas, e que temos certeza continuará por muitos anos.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Arpen-Brasil