Rádio Câmara debate união homossexual

O programa Pinga Fogo, da Rádio Câmara, discutiu ontem com as deputadas Cida Diogo (PT-RJ) e Manuela D`Ávila (PCdoB-RS) os resultados da pesquisa feita pelo Datafolha, em março deste ano, sobre pena de morte, aborto, eutanásia e união civil entre pessoas do mesmo sexo.

De acordo com o levantamento, 49% dos pesquisados são contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo e 42% são a favor, sendo que, entre as mulheres. Para Cida Diogo, esses números revelam que as brasileiras são mais sensíveis a inovações. Ela lembrou que a união civil sempre foi um debate muito traumático. “Infelizmente, nosso País é extremamente machista e conservador, mas a união civil entre pessoas de mesmo sexo é uma questão de direito, de cidadania.”

A pesquisa do Datafolha também revelou que 55% dos entrevistados são a favor da pena de morte e 40% são contra. A deputada Manuela D`Ávila considera compreensível o resultado da pesquisa porque o brasileiro está tenso e não vê soluções para os seus problemas, mas ela lembrou que a origem da violência é a desigualdade social. Manuela e Cida Diogo, que são contra a pena de morte, lembraram que nos Estados Unidos a pena de morte condenou muitos inocentes e não reduziu a criminalidade. Segundo Manuela o debate deve ser “como fazer com que a polícia tenha inteligência, ou seja, tecnologia para operar, integração entre os estados, sistema carcerário que dignifique.”

Sobre o aborto, o levantamento mostrou que quanto maior o grau de instrução menor a rejeição à interrupção da gravidez. Cida Diogo e Manuela D`Ávila defenderam a educação sexual nas escolas como forma de ampliar o acesso a informações não só sobre gravidez, mas também sobre relações homossexuais e violência doméstica. “Quanto não se resolve a violência contra a mulher se nós tivermos uma educação que não seja sexista? Ou seja, que as professoras não dêem aula de educação sexual dividida, para as meninas falando sobre gravidez e os meninos indo jogar bola. Como se a maternidade fosse algo isolado, insinuando uma condição de inferioridade da mulher que depois justifica uma eventual agressão”, analisou Manuela.

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Fonte: Portal da Câmara dos Deputados