Patriarca de família do Recife teve ideia de dar nome aos filhos ao ver cartaz em cartório; família diz não se incomodar com as inevitáveis piadas
Naquela manhã de 1974 no Recife, o sanfoneiro José Miguel Porfírio, mais conhecido como seu Moscou, grande animador de forrós, estava contente pelo nascimento do terceiro filho, o primeiro do segundo casamento. Tinha a ideia de batizá-lo com um nome diferente, que ninguém tivesse utilizado ainda. Ele entrou no cartório de registro civil, olhou na parede e viu um cartaz escrito "xerox e fotocópias autenticadas". Decidiu usar as três palavras para nomear o recém-nascido e os filhos que poderiam ter no futuro.
Assim foi batizado o primogênito: Xerox Miguel Porfírio, hoje com 36 anos. Quatro anos depois, nasceu Autenticada Miguel Porfírio e depois veio ao mundo Fotocópia Miguel Porfírio, de 23 anos. Essa família recifense tem orgulho do nome diferenciado. O patriarca morreu no dia 11 de fevereiro.
Autenticada conta que seu nome abriu muitas portas na vida. Jornalista de formação e agora cantora gospel, acaba de lançar o segundo disco, voltado para crianças. A Luz conta histórias bíblicas para o público infantil. O CD chega ao Rio de Janeiro na próxima semana e depois, a São Paulo. "Como jornalista e como cantora, o nome Autenticada sempre me ajudou. Recebi muitos convites por causa do nome diferente."
O primeiro trabalho – Ninguém Vai Calar Meu Canto – foi lançado em 2009, no Recife. São músicas evangélicas para o público adulto.
Ela já trabalhou como repórter de televisão no Recife. Mas se realizou mesmo cantando. Há cerca de dois anos, os produtores do primeiro disco até cogitaram trocar o nome da cantora. "Achavam que Autenticada poderia soar estranho." Mas ela bateu o pé e hoje é reconhecida pelo nome de batismo.
Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo