É uma luta sem fim. Enquanto os responsáveis pela segurança de empresas e instituições públicas se empenham em adotar medidas cada vez mais eficazes para evitar fraudes, as quadrilhas encontram formas de burlar os sistemas de proteção. Com isso, centros de pesquisa em todo o mundo se esforçam para criar métodos de verificação que deem mais garantias aos usuários.
Um exemplo é o projeto em desenvolvimento no Instituto de Física de São Carlos (IFSC), da Universidade de São Paulo. O professor João Paulo Lemos Escola, tecnólogo em informática, decidiu aprimorar o conhecimento já consolidado em biometria (processo de reconhecimento baseado em características fisiológicas ou comportamentais) para modernizar um dos mais antigos métodos de identificação: a assinatura.
A lógica por trás da técnica criada pelo brasileiro é simples. Algumas características da escrita de uma pessoa não são impressos apenas no papel. O padrão de som que a caneta gera ao entrar em contato com a folha, por exemplo, é único em cada rubrica. A partir daí, Escola teve a ideia de desenvolver um sistema que pudesse atestar a veracidade de uma assinatura a partir dos ruídos que ela promove. O método poderá ser útil no reconhecimento de clientes de bancos e cartórios, por exemplo.
Fonte: Correio Braziliense