São Paulo (SP) – Foi realizado na última sexta-feira (31.07), na cidade de São Paulo, o seminário sobre o tema “O Futuro dos Registros e das Notas”, promovido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP). Mais de 400 pessoas, entre magistrados, notários e registradores de todo o país, lotaram um dos auditórios do Tribunal.
A abertura do evento foi feita pelo presidente do TJSP, desembargador José Renato Nalini, e pelo assessor especial da Corregedoria Nacional de Justiça, desembargador Ricardo Henry Marques Dip, que destacaram o papel da atividade extrajudicial no cenário jurídico brasileiro. “São os defensores do status político, familiar e individual, da liberdade, da privacidade, do nome, da honra, dos bens materiais, dos direitos que se ergueram primeiro na autonomia social”, disse o desembargador Ricardo Dip.
Auditório do TJSP ficou lotado durante todo o evento
Para o presidente do TJSP, é preciso saber explorar as potencialidades da categoria. “Que essa manhã sirva para a propositura de projetos de ampliação, de reforço e consolidação daquilo que os senhores fazem tão bem. Espero que tragam ideias, promissoras perspectivas para acender aquilo que resta de esperança no coração de todos nós”, concluiu.
Em seguida, o presidente da Arpen-Brasil, Calixto Wenzel, falou sobre o Projeto de Lei 1775/15, que institui o Registro Civil Nacional, e que tem preocupado muito a entidade. “O posicionamento bem claro da Arpen-Brasil é contra o PL. O Art. 8°, principalmente, nos preocupa muito, pois fala da possibilidade de transferência dos dados até para a iniciativa privada. E quando fala em iniciativa privada, não diz nem se tem que ser empresas brasileiras, pode até ser empresas estrangeiras”, disse Calixto solicitando o apoio dos Tribunais e do CNJ.
Corregedora Nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi, participou do seminário sobre o “O Futuro dos Registros e das Notas”
A corregedora Nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi, também esteve presente e falou sobre a satisfação em estar com os colegas da atividade extrajudicial que, segundo ela, é tão importante e complexa. “Nesse primeiro ano de Corregedoria, que completo agora em agosto, vejo a Corregedoria como porto seguro para todos aqueles que procuram ajuda quando têm problemas. Nosso dever é ajudar e dar soluções”, disse a ministra.
O evento também contou com a apresentação de notários e registradores sobre o futuro de cada uma das especialidades, representadas pelo presidente do Colégio Notarial do Brasil Seção São Paulo (CNB-SP), Carlos Fernando Brasil Chaves; pelo presidente da Associação dos Registradores Imobiliários (Arisp), Flauzilino Araújo dos Santos; pelo presidente do Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil – Seção São Paulo (IEPTB-SP), José Carlos Alves; e pelo presidente do Instituto de Estudos de Títulos e Documentos e Pessoa Jurídica do Brasil, Paulo Roberto de Carvalho Rego.
Notários e registradores fizeram apresentações sobre cada uma das especialidades
Fonte: Assessoria de Comunicação do Recivil