Vale do Jequitinhonha recebeu a equipe de Projetos Sociais do Recivil

A grande carência da região do Vale do Jequitinhonha foi um fator que motivou o Recivil a levar gratuitamente às cidades de Felisburgo, Joaima e Jequitinhonha a documentação civil básica. O evento fez parte da Décima Primeira Etapa da Caravana da Assistência Social e foi realizado entre os dias 28 a 30 de agosto.

 

Além do registro civil, as pessoas que compareceram aos eventos puderam adquirir a segunda via da certidão de nascimento, casamento e óbito, carteira de trabalho, CPF, carteira de identidade, título de eleitor e fotos 3×4, através de parcerias com as prefeituras, Instituto de Identificação da Polícia Civil e a Delegacia Regional do Trabalho.

 

                                          

                                                                                               Moradores foram à procura das segundas vias das certidões

                                                                                                          e já saíram com os documentos em mãos

 

A primeira ação ocorreu no município de Felisburgo, no Ginásio Poliesportivo. Giovane José de Novaes, de 67 anos, procurou a Caravana para corrigir um erro na sua certidão de nascimento e em todos os seus documentos. “Na certidão está marcando que eu nasci em 1950, mas eu nasci em 1940, tenho 67 anos”, disse. A equipe do Recivil explicou a Giovane que isso pode dificultar sua aposentadoria, já que teria que trabalhar um período maior para poder receber o benefício, e deu entrada no processo que será enviado ao juiz da Comarca para corrigir o erro na certidão.

 

Em Felisburgo, a procura maior foi por segundas vias de certidões. Para a Oficiala, Maura Aparecida Moreira, a ação foi muito importante. “A maioria das pessoas da cidade é carente e precisa desse apoio social. Muitos não têm registro de nascimento, inclusive pessoas idosas”.  A Oficiala ainda destacou o trabalho desenvolvido pelo presidente do Recivil, Paulo Risso. “É muito importante o trabalho q ele vem desenvolvendo ao longo dos anos. É fundamental o resgate de vidas esquecidas, principalmente aqui no Vale do Jequitinhonha, uma região de muitas necessidades. O Paulo está dando um exemplo, uma lição de humanidade, de vida e de sabedoria”, completou. .

 

A falta de documentação impede que várias pessoas possam ter acesso aos programas sociais do governo. Segundo a secretária Municipal e gestora do Programa Bolsa Família de Felisburgo, Paula Andréia, este é o caso dos moradores de Felisburgo. “Para fazer o cadastramento nos programas sociais é necessário carteira de identidade e CPF. Muitas pessoas não são cadastradas pela falta de documentos”, explicou.

 

Este também é o caso dos moradores de Girú, distrito de Joaima que recebeu a equipe do Recivil. Segundo o gestor do Bolsa Família do distrito, Tales, o evento foi realizado no distrito para facilitar o acesso e a orientação às pessoas. “Essa ação foi muito necessária, já que aqui as pessoas não podem se cadastrar no Programa pela falta do CPF e pelo estado das certidões, que estão muito velhas”, explicou.

 

                                                   

                                                                                                        Anderson Pereira da Silva (esq.) foi acompanhado dos pais

                                                                                                    para conseguir seu registro de nascimento, no distrito de Girú

 

 

Muitas pessoas aproveitaram a ocasião para ir atrás do registro tardio, como Anderson Pereira da Silva, de 18 anos, que foi ao Centro Comunitário de Girú acompanhado dos pais para conseguir seu registro de nascimento. “Estou feliz, espero muitas coisas boas daqui para frente. Sem o registro até para arrumar emprego é ruim. Agora vou poder viajar também”, disse Anderson.

 

Arlindo Vieira dos Santos, de 62 anos, também aproveitou a oportunidade para tentar fazer o registro de seu filho, Sebastião dos Santos, de 31 anos. Sebastião foi quem disse ao pai que queria ser registrado e pediu que ele o acompanhasse até o local onde estava sendo realizada a ação da Caravana. “Estou sofrendo demais, porque meus irmãos têm o registro e eu não. Fica difícil para arrumar emprego e também para votar. Nunca votei. Tenho vontade de votar, mas não posso”, explicou. 

 

No distrito, o Recivil contou com a ajuda do Oficial do Cartório de Registro Civil, Davidson Chaves Ribeiro, que trabalhou na emissão das segundas vias e nos casos de registro tardio.

 

                                                               

                                                                                                                               Oficial Davidson Chaves Ribeiro

                                                                                                                           trabalhou junto com o Recivil em Girú

 

 

A maior demanda ocorreu no município de Jequitinhonha, que atendeu cerca de 300 pessoas à procura de segundas vias de certidões. Para o Oficial do cartório, Josemar Ferreira de Souza, a necessidade no município é sempre constante. “A dificuldade financeira é muito grande, e esse evento que o Recivil tem apresentando ao povo aqui do Vale teve um papel preponderante”.

 

                                                    

                                                                                                                  Josemar Ferreira de Souza, Oficial de Jequitinhonha,

                                                                                                                  trabalhou na emissão das segundas vias de certidões

 

 

 

Fonte: Assessoria de Comunicação do Recivil