Recivil realiza mutirão de documentação para presos na Zona da Mata

Zona da Mata (MG) – A equipe de Projetos Sociais do Recivil realizou mutirão de documentação nos dias 16 e 17 de outubro em Muriaé, na Penitenciária Dr. Manuel Martins Lisboa Junior e no Presídio de Santos Dumont. O Projeto Resgatando a Cidadania tem sido fundamental para regularização dos documentos dos detentos, já que em vários casos o preso não sabe o seu local de registro. Nos dois mutirões realizados foram feitos 172 pedidos de certidão de nascimento e casamento.


Os cartórios de registro civil das cidades atendidas participaram como parceiros do mutirão nas unidades prisionais. Como a maioria dos presos é da região, facilitou o processo de busca feito pelos registradores.

 

Foram atendidos 107 detentos na Penitenciária de Muriaé


A oficiala substituta de Muriaé, Lorilaine de Vasconcelos Alves, informou que muitos familiares de detentos procuram o cartório em busca de informações à respeito dos procedimentos de visitas na penitenciária e também para regularizar a documentação e assim poder efetuar o cadastro na unidade.


A diretora de Atendimento e Ressocialização da penitenciária de Muriaé, Maria da Consolação Tanus, destacou o olhar da unidade voltado para a ressocialização. “Ainda é difícil realizar uma ressocialização efetiva, tendo em vista que estamos com quase o dobro da nossa capacidade, o que torna o número de profissionais menor do que o necessário, mas acredito que se houver 10% de detentos recuperados já me sentirei satisfeita”, pontuou a diretora.  No entanto, a ausência de documentos impede o acesso dos presos nos programas de ressocialização, inclusive na escola. Atualmente, 200 presos participam do EJA (Educação pra jovens adultos) dentro da penitenciária.

 

Dos cerca de 80 detentos no presídio de Santos Dumont foram realizados 65 pedidos de certidão

 

Em Santos Dumont, o presídio tem apenas três anos de funcionamento, mas a unidade não conta com um profissional de serviço social. O diretor administrativo, Clévio José dos Santos, agradeceu a presença do Recivil na unidade. “Somos uma unidade pequena e toda ajuda é fundamental, já que não temos assistente social para cuidar da parte de documentos dos detentos”, informou o diretor.


O diretor Clévio destacou ainda o bom relacionamento com os cartórios da região, que sempre auxiliam quando o presídio solicita. A oficiala do 1º ofício de Santos Dumont, Mônica Mansur e Reis, juntamente com a oficiala do 2º ofício, Maria das Dores de Almeida Oliveira, fazem o possível para ajudar a unidade e os familiares dos presos no processo de documentação.

 

Oficiala Mônica Mansur recebeu de Juliane Souza do Recivil os pedidos de certidão