Começou a 2˚etapa da Caravana da Assistência Social. O evento teve início no dia 2 de março, em Buritis, região noroeste de Minas Gerais. Modificando seu perfil, o acontecimento que normalmente é realizado em um ponto estratégico da cidade, deslocou-se para os distritos da região, facilitando o acesso das pessoas mais necessitadas e proporcionando aos colaboradores conhecerem de perto o ambiente em que seu público alvo vive.
Inovando o perfil estratégico de atendimento, através de uma planilha que acusa as famílias prejudicadas com os problemas de documentação, equipes da Caravana têm ido aos domicílios orientar e convocar estes moradores a regularizarem seus documentos para que possam vir a receber os seus benefícios.
Equipe vai a casa dos moradores
Em uma destas caminhadas, os colaboradores encontraram famílias ou pessoas que vivem sem renda alguma. A maioria são trabalhadores rurais desempregados, analfabetos ou semi-alfabetizados que só conseguem algum tipo de trabalho nos períodos de colheitas. Isto é, trabalham apenas três meses ao ano, no qual recebem mensalmente menos de um salário mínimo, sobrevivendo os outros nove meses a beira da miséria com ajudas comunitárias.
Caso semelhante a estes, é a situação de Maria Firmino Lopes, que há anos vive em uma barraca construída de entulhos e lona preta, embaixo de uma mangueira. Esta senhora diz não saber quantos anos tem e onde estão os seus familiares. Surpreendentemente ela ainda guarda no meio de varias sacolas seu registro de nascimento todo danificado. Desta forma, a equipe da Caravana juntamente a oficiala Rosiley Joaquim dos Santos ofereceram um novo registro gratuito a Maria.
A coordenadora de planejamentos do Recivil, Maria Cecilia Duarte,
junto a oficiala de Buritis, Rosiley Joaquim dos Santos
Sensibilizado com esta situação, o presidente do Recivil fez questão de visitar esta senhora e entregar junto com os colaboradores uma cesta básica e a nova certidão de nascimento. Depois tomaram vinho, posaram para as fotos e comemoraram antecipadamente os 58 anos de dona Maria que fará aniversário no próximo 20 de março. Paulo Risso diz ter ficado impressionado com a situação que estas pessoas vivem e por isso sempre batalhará para que projetos como este nunca acabe.
Maria Firmino recebe a nova certidão de nascimento das mãos de Paulo Risso
No final da madrugada do dia
Adenita Lopes Martins
Casada apenas no religioso, esta senhora diz sempre ter sofrido diversos tipos de barreiras devido a falta de documentação. Benefícios que deveriam contribuir com a sua baixa renda, nunca foram solicitados, por que formalmente esta senhora nunca existiu. “Se não fosse esta campanha, eu morreria sem nunca ter sido registrada. Meu primeiro passo depois que tiver minha certidão em mãos, será inscrever-me no cadastro único para tentar a bolsa família”, disse emocionada.
O oficial de Serra Bonita, distrito de Buritis, Elton Luiz Rauber colhendo os dados de Adenita L. Martins
O término deste itinerário foi previsto para o final da tarde. No entanto, como a demanda foi numerosa, houve uma extensão no tempo concluindo todo o trabalho por volta das 21h.
Fonte: Recivil